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Videogames, Crianças em perigo: Conheça os riscos dos jogos, como FORTNITE, para seus filhos

RISCOS DO VIDEOGAME PARA CRIANÇAS

Cuidados nas férias e feriados com as crianças deve ser redobrado

Fortnite, a febre mundial que pode trazer riscos à saúde da criança se não tiver limite

Crianças: vício em jogos danifica o cérebro?

Crianças perderam a vontade de sair de casa, brincar na rua e se divertir com outras crianças. Muitas deixam de comer e se hidratar para ficarem horas a frente do computador ou videogame.

O motivo? FORTNITE, o jogo mais famoso do momento. Uma febre que tomou conta das crianças do mundo todo e pode trazer sérios riscos à saúde se os pais não colocarem limites no período que as crianças ficam à frente da tela.

O que FORTNITE? 

Para quem não conhece, o game muitas vezes é jogado on line, as crianças entrem no jogo com os amigos e formam um time, e, em uma realidade virtual devem se proteger de grupos contrários, que poderão exterminá-los da jogada. Durante a partida os personagens carregam suas armas, conquistam armaduras, kits de sobrevivência e até mesmo pacotes de dança. Os personagens ficaram tão famosos no cenário infantil, que muitos se tornaram brinquedos colecionáveis e fantasias. Além disso, o famoso personagem “marshmellow” é DJ, e suas composições podem ser ouvidas nas rádios e aplicativos streamings de música. O sucesso do momento é a música “Happier”. 

Como as jogadas são curtas, e com tantos atrativos dentro e fora do game, as crianças tendem a se viciar mais rapidamente. E sintomas prejudiciais à saúde podem aparecer, como isolamento, mau-humor e irritabilidade, baixo rendimento escolar, desinteresse por outras atividades nas férias, ansiedade, desidratação (por ficar horas sem beber agua), arritmias e, em casos raros, mas não desconsideráveis, morte súbita. 

“O jogo é indicado para adolescentes a partir de 13 anos, mas muitos pais se acostumam com idea de ver o filho quieto e “sem atrapalhar”, então permitem que crianças muito mais novas joguem este jogo, o que pode ser mais prejudicial ainda, crianças pequenas não tem a noção de entender quando o corpo necessita de uma pausa, por exemplo”, afirma a cardiologista Dra. Nicolle Queiroz. 

 

Jogar Video Game é perigoso?

Não existe um consenso sobre o tema, mas diversos estudos apontam que o que o ato de jogar, é benéfico para a função cognitiva. Porém tudo que é em excesso é prejudicial. 

“O corpo pode sofrer um desgaste, e somado a alguns hábitos de vida, como o sedentarismo, problemas sérios podem acontecer. Alguns dos sintomas envolvem olhos mais secos, devido ao menor número de piscadas. Quem é “absorvido” pelo game também tende a não parar para se hidratar ou se alimentar, gerando casos leves de desidratação e inanição e levando a alterações metabólicas. Além disso, passar muito tempo sentado, na mesma posição pode agravar em trombose”, acrescenta a cardiologista. 

 

Riscos à saúde da criança. Crianças: vício em jogos danifica o cérebro? 

Sabe-se que o número de crianças vítimas de doenças cardiovasculares vem aumentando ao longo dos anos.  E um dos vilões para o surgimento deste problema é a obesidade infantil. 

Dados do IBGE, apontam que uma em cada três crianças está acima do peso.  

Estes quilos a mais trazem uma série de complicações, como diabetes, hipertensão e colesterol alto, fatores que contribuem para o desencadeamento das doenças cardiovasculares.

A cardiologista, Dra. Nicolle Queiroz acrescenta que existem dois tipos de doenças cardíacas infantis: as cardiopatias congênitas e as cardiopatias adquiridas. As congênitas são aquelas que surgem durante o desenvolvimento fetal, e as adquiridas, são as mais perigosas, e estão relacionadas a fatores externos, como a obesidade e o sedentarismo. 

Ficar horas na frente da televisão, não se concentrar ao se alimentar, “esquecer” de beber água ao longo do dia, por exemplo, favorecem para o ganho de peso e, consequentemente se sujeitar aos riscos acima.

 

Caso de justiça

O assunto é tão sério que um grupo de pais, em Quebec, Canadá, resolveu mover uma ação coletiva contra a criadora do game FORTNITE. A motivação do processo é de que o game teria sido propositalmente feito para causar vício e teria um impacto duradouro nas crianças. O caso tenta fazer uma aproximação com a dependência química, levando em consideração uma decisão da Organização Mundial da Saúde, divulgada em 2018, que considera o vício em videogames um transtorno.

O documento entregue à justiça canadense relata que o garoto de 15 anos de idade jogou quase 8 mil vezes desde que descobriu o jogo, em outubro de 2017, e que joga, no mínimo, três horas por dia.

Dicas importantes

 

A cardiologista indica que o ideal é parar por alguns minutos a cada rodada do jogo, caminhar pela sala, mexer o corpo, brincar ao ar livre um pouco, ver a luz do sol. 

Os pais devem ficar atentos às horas destinadas aos games, faze-los refletir sobre o momento que passam isolados da sociedade para viver a realidade do jogo.

E a melhor forma de fazer isso é trazendo uma reflexão para a conversa, frases como, “Lembra como você ama jogar bola?”, “Por que você acha que o fortnite é de graça?”, “Você acha que é certo passar o dia matando pessoas no jogo”?

“Além de ser saudável para a criança, seguir algumas regrinhas e recomendações favorecem até mesmo o aproveitamento, diversão e rendimento do jogador”, acrescenta a Dra. Nicolle.

(Foto divulgação)

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