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Carreira dos Sonhos: O que ainda precisamos aprender

Por quinze anos a Cia de Talentos e a DMRH realizaram a pesquisa Empresa dos Sonhos, com a mudança no mercado de trabalho e também dos candidatos, a mudança para a Carreira dos Sonhos foi mais do que certa. 

Os números mostram que ainda há muito a aprender no quesito atração e retenção de talentos

 

*Por Marcelo Vianna

 

Ao longo dos anos nos questionamos sobre as melhores e mais eficientes maneiras de motivar e engajar um funcionário. E a cada nova geração, os objetivos mudam, se adaptam à realidade do país, à situação econômica, política, e a mais uma série de outros eventos. 

 

O estudo deixou claro que, apesar de o mercado estar caminhando, ainda temos muito a aprender. E isso para todas as gerações, considerando o que a pesquisa dividiu em “jovens”, “média gestão” e “alta liderança”; o que podemos entender como as gerações dos Baby Boomers até a geração Z. E de acordo com os resultados, é fácil compreender que vivemos uma mudança de era, a boa remuneração, apesar de desejada, não está mais no topo das aspirações, mas sim a qualidade de vida e o fato de trabalhar com propósito, sabendo exatamente o que se quer alcançar.

 

Para os três grupos pesquisados o fator sucesso profissional foi elencado entre os três mais importantes; no caso dos jovens e da média gestão esse sucesso está em primeiro lugar – 67% e 62%, respectivamente -  já para a alta liderança, ficou em segundo lugar, com 48%. Seguidos de boa relação familiar e do desejo de aproveitar a vida, viajar e conhecer novas culturas. O que faz total sentido, uma vez que jovens e média gestão estão em fases de experimentação e construção de trajetória profissional, e a alta liderança, procura ter mais tempo para se dedicar à família.

 

Obviamente que a paixão pelo que se faz e o prazer diário no trabalho fazem parte do chamado sucesso profissional, mas ainda mais importante do que isso é o fato de a realização pessoal dessas pessoas, o sucesso pessoal delas está, de maneira unânime, ligado ao equilíbrio de vida. Primeira lição de casa: o que as empresas estão gerando para esses colaboradores?

 

E se o dinheiro não fosse uma preocupação? Os três grupos responderam que fariam algo diferente. De maneira mais clara, 73% dos jovens, 83% da média gestão e 77% da alta liderança, demonstram que o atual modelo de trabalho não satisfaz. Mas que modelo é esse oferecido pelo mercado? Como já dito, o salário é importante, mas equilíbrio de vida é ainda melhor.

 

Entre as experiências desejadas mais uma demonstração de que fazer algo diferente é um dos caminhos buscados; dos jovens à alta liderança, a opção de “abrir um negócio próprio” está presente. Mas como as empresas podem gerenciar e atrair talentos que já possuem a veia do empreendedorismo? Eles são essenciais às companhias, uma vez que possuem visão de negócios e senso de responsabilidade.

 

A possível saída para isso são as lideranças inspiradoras, as que promovem a autonomia do colaborador e o instiguem a ter e a desenvolver ideias. Talvez por isso nomes como Steve Jobs, Barack Obama, Jorge Paulo Lemann e Abílio Diniz estejam na lista.

 

Um detalhe interessante é que cada vez menos profissionais têm uma empresa dos sonhos, o mundo hiperconectado e ansioso pela transparência fez com que o mundo corporativo repensasse políticas e estratégias na hora de atrair talentos. E dentro dos critérios que levaram os profissionais a escolherem certas companhias, e que por sua vez irão retê-lo, estão o desenvolvimento profissional, elencado na lista dos três níveis, a boa imagem da empresa no mercado, os desafios e a relização de um impacto positivo na sociedade. Mais uma vez o item remuneração/benefícios foi menos considerado, ele aparece como última opção do grupo de média gestão. Já para a alta liderança, o interessante é o fato de que esse time continua a procurar empresas que prezem pelo seu crescimento e desenvolvimento profissional, mostrando que sempre há mais para aprender e desenvolver.

 

É hora de entendermos que os padrões de comportamento estão caindo por terra. Padrões que antes ditavam o que cada profissional devia ou não fazer, estão mudando. E assim como no mundo do consumo, as empresas agora olham para a experiência dos seus funcionários. Afinal, engajamento e motivação são fundamentais para o sucesso de qualquer negócio e parceria entre colaborador e empresa. 

 

*Marcelo Vianna é sócio-diretor da Conquest One

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