A maioria das pessoas, hoje, sofre bastante com a carreira que tem. Umas estão atuando na profissão que não desejaram, mas, por alguns motivos – necessidade, falta de capacitação -, trabalham nela. Outras sofrem porque deixaram de evoluir, pararam no tempo e, agora, sentem muito medo de perder o emprego. Há ainda os que estudaram e estudam muito, têm um bom trabalho, ganham razoavelmente bem, porém, sentem que lhes falta desafios, ou que já saturaram o espaço que ocupam e não veem perspectivas de crescimento onde estão.
Provavelmente você se encaixa em um dos perfis listados. O maior problema que temos hoje é a síndrome do sofá. Mesmo diante da insatisfação, seja por falta de dinheiro no final do mês, pela ausência de oportunidades de crescimento, muitos de nós estamos sentados no sofá, esperando para ver o que acontece. Na verdade, alguns sonham que, se ficarem quietinhos no seu canto, pelo menos, ficarão no mesmo lugar. Contudo, quando estagnamos em nossa zona de conforto, a verdade é que a cada dia damos um passo para trás.
O sofá tem virado albergue para muitos de nós. Inventaram até o controle remoto, para não precisarmos levantar nem para trocar o canal.
Alguns chegam em casa exaustos e hibernam no sofá. Diante do convite do filho: “pai, vamos jogar futebol?”, esbravejam: “tá maluco, não tá vendo a minha canseira?”, depois, ficam tristes quando perdem seus filhos para as drogas. Mães que trabalham muito, chegam em casa e não dão mais um forte abraço nos filhos. Terceirizaram a educação deles para a babá ou para a avó. As mulheres, tão lindas e capazes, não que não devam trabalhar, aliás, devem fazer, pois na maioria das vezes são muito melhores que nós homens. Mas, elas jamais devem perder o tato feminino de mãe, pois são as melhores nisso.
Nas empresas, temos feito o mínimo que podemos. Ficar depois do expediente é quase uma ofensa, mesmo que saibamos que nos destacamos da multidão, e temos muito mais chances de sucesso quando vamos além, ficamos depois que todos já foram embora, quando estamos disponíveis.
Precisamos romper com a síndrome do sofá e sairmos mais para brincar com as crianças, para andar, mesmo que sozinhos, num parque, rolar na grama, tomar banho de chuva, fazer um piquenique no fim da tarde.
Merecemos mais que o sofá. Merecemos ir ao cinema, num restaurante. Não adianta continuar com a desculpa de que falta dinheiro. Se já trabalhamos há bastante tempo e não temos dinheiro nem para um jantar, precisamos rever urgentemente nossas escolhas, precisamos mudar a rota.
A questão não é a falta de tempo ou de dinheiro. O problema é que temos gastado tempo, dinheiro e energia para nos hospedarmos dentro da nossa própria casa. Sem perceber, a síndrome do sofá é um preço muito caro, bem mais caro que se hospedar na suíte cinco estrela de um hotel.
É um preço alto demais fazer do sofá um albergue. Repense suas escolhas de vida, o estilo que tem levado. Rompa com algumas crenças. Faça um balanço da sua vida profissional e pessoal e veja se está tendo lucro ou prejuízo. Faça coisas novas, cursos novos, retome dos estudos, não importa a idade.
Se o problema está no trabalho, tenha um diálogo aberto com seu chefe e fale que está angustiado, querendo crescer ou com medo de perder o emprego. Diga que quer fazer algo a mais pela empresa e coloque-se a disposição para ajudar a prevenir e resolver problemas. Se a dificuldade está em casa, faça uma reunião em família e coloquem os pingos nos “is”. Esteja presente, realmente, quando estiver em casa. A família não quer dez horas por dia. Eles querem dez minutos muito bem vividos.
O sucesso pode custar caro, mas, garanto que o fracasso custa bem mais.
Conserve seus princípios, seus valores, esteja na posição que estiver. Passar pela vida sem dar o nosso melhor é a maior falta de ética do mundo.
Projete um novo você na sua vida. Você precisa se tornar uma nova pessoa. Quebre as amálgamas da síndrome do sofá, seja um profissional diferente, um pai e mãe diferentes. Atitudes simples como um “chefe, agora vou fazer o meu melhor, pode contar comigo”, e “querida (o), eu te amo e vou começar a mostrar na prática isso”, ou ainda “filhão, conte com o papai, vamos sair hoje à tarde e nos divertirmos muito” vão mudar sua rotina.
Agradeça pelo que tem e se prepare muito para ter o que deseja, sem se permitir sofrer pelo que não possui ainda.
Seja feliz, sempre!
Fonte: Professor Paulo Sérgio Buhrer
Excelente artigo
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