A Sibutramina, medicação usada para controle do peso, virou febre em nosso país durante os últimos anos. Os resultados encontrados por pessoas obesas que optaram pela medicação foram, em muitos casos, alcançados, o que aumentou a credibilidade da substância.
A Sibutramina é um medicamento que inibe a recaptação da noradrenalina, serotonina e dopamina, substâncias que
produzem sensação de saciedade. Assim, há uma redução na quantidade de alimentos ingeridos, o que leva ao emagrecimento.
A ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, anteriormente fazia ressalvas sobre o uso da medicação, exigindo que as prescrições viessem em receituário B2 o que dificultou o acesso à substância. Tal medida de controle foi tomada após a publicação de estudos que evidenciaram a maior chance de transtornos cardiovasculares em alguns usuários.
Porém, em recente decisão, a ANVISA determinou que a sibutramina, substância utilizada como moderadora de apetite, continuará a ser vendida no mercado brasileiro, porém a validade da receita médica foi reduzida de 60 dias para 30 dias. A decisão vale por pelo menos dois anos, quando um novo relatório deverá ser divulgado pela ANVISA apontando a manutenção ou proibição da venda do produto.
A diretoria colegiada da ANVISA ainda decidiu, por unanimidade, proibir a venda de outras três drogas usadas como moderadores de apetite: dietilpropiona, femproporex e mazindol, drogas com derivados de anfetamina, substâncias com efeito anorexígeno que agem no sistema nervoso central.
O banimento da venda da sibutramina já havia sido tomada pela Europa, Estados Unidos e diversos países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México, Panamá e Uruguai). Vale lembrar que no Brasil, a Sibutramina estava sendo vendida em camelôs, sem qualquer critério.
Em 2010, um estudo apontou riscos de uso da sibutramina para pacientes com risco de problemas cardiovasculares. A pesquisa serviu de base para a decisão da Europa e para vários outros países.
Como toda medicação para emagrecer, é necessária uma criteriosa avaliação médica antes da prescrição da Sibutramina e um controle próximo visando ao monitoramento de pressão arterial, batimentos cardíacos e, em alguns casos, até da glicemia.
As medicações para emagrecer não são indicadas para pessoas que pretendem perder peso apenas por questões estéticas e que estão com peso levemente acima do ideal. Para se cogitar a indicação de um medicamento para emagrecer o cliente precisa ser obeso, ou seja, ter IMC maior que 30. O IMC é encontra-se, dividindo-se o peso pela altura, em metros, ao quadrado. É importante também que o médico avalie o melhor medicamento a ser usado no processo de emagrecimento, caso haja indicação. A reeducação alimentar e prática de atividade física orientada devem acompanhar o tratamento médico.
Até então, após diversas análises, o uso da Sibutramina é indicado aos obesos, desde que após minuciosa avaliação clínica. Ficam de fora os portadores de diabetes II, de hipertensão descontrolada e de problemas cardiovasculares diversos.
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