Pelo menos é o que se pode deduzir de um enigmático estudo escandinavo. Há algo de misterioso no reino da Dinamarca, mais especificamente no Departamento de Nutrição Humana da Universidade Real de Copenhague. Seu chefe, o médico Arne Vernon Astrup, conduziu um estudo em que avaliou uma propriedade pouco conhecida do chocolate amargo, a de promover a saciedade. Ou seja, aplacar a fome. Astrup participou do XII Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica. Em sua exposição o especialista em obesidade deixou escapar alguns dados sobre sua pesquisa e SAÚDE! estava lá, de ouvidos bem atentos.
O dinamarquês dividiu voluntários em dois grupos. Um deles ingeria logo pela manhã uma pequena barra de chocolate amargo e o outro, a versão ao leite. Quem comeu o tipo amargo consumiu menos calorias ao longo dos dias, conta o endocrinologista Márcio Mancini, que coordernou a mesa da qual Astrup participou. Em bom português, parou, por exemplo, de beliscar entre as refeições. Por que será que o chocolate promoveu saciedade? A reportagem da SAÚDE! procurou Astrup, mas ele não esclareceu o mistério: Sinto muito. Ainda não posso liberar os resultados, pois eles ainda não foram publicados.
Aqui no Brasil, a nutricionista Vanderlí Marchiori já receita o chocolate amargo para quem precisa controlar o apetite. Recomendo de 30 a 40 gramas para o lanche do meio da manhã, revela. Dar chocolate para esses indivíduos é algo transgressor. Explica-se: é como se eles estivessem incorrendo num comportamento socialmente incorreto. Mas essa gente dá um basta nas guloseimas e passa a comer menos. O porquê desse efeito ainda é incompreendido. Existe a suspeita de que ele ocorra graças a substâncias do alimento que agem como as anfetaminas, suprimindo a vontade de comer. Vamos aguardar, então, mais notícias da Dinamarca.
Por: Fábio de Oliveira, Revista Saúde.
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