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Autenticidade na responsabilidade social: As empresas devem consideram além de um mero marketing social.


"A educação é um processo social, é desenvolvimento.

Não é a preparação para a vida, é a própria vida."

(John Dewey)





Responsabilidade social é um dos imperativos do mundo corporativo moderno.
Para algumas organizações isso se resume meramente a práticas de cunho
assistencialista. A distribuição de ovos de páscoa em abril, uma campanha do
agasalho organizada durante o inverno, brinquedos distribuídos no dia das
crianças e cestas básicas ofertadas no Natal funcionam como pequenas
indulgências ao empresariado. A sensação de legar uma contribuição à
comunidade consegue amainar o espírito e promover o bem, ainda que de forma
pontual.

Outras empresas são eficientes em praticar marketing social. O importante
não são as realizações, mas a repercussão midiática das ações tidas como
sociais. Assim, investe-se mais em material publicitário e assessoria de
imprensa do que nas pessoas beneficiadas, com foco precípuo na imagem
institucional. Agindo assim, correm elevado risco, haja vista que a
sociedade, apoiada pelas redes sociais, está atenta para denunciar
publicamente um comportamento antiético.

Contudo, a autêntica responsabilidade social é exercida por companhias com
visão de futuro, capazes de iniciativas de longo prazo, autossustentáveis e
passíveis de serem replicadas, transformando positivamente a realidade dos
envolvidos.

Dentro deste contexto, ações de caráter socioeducativo estão entre as mais
dignas de serem desenvolvidas. O primeiro passo é a capacitação dos próprios
funcionários, desenvolvendo competências que conduzam ao aprimoramento
profissional, com consequente aumento da produtividade e elevação da
autoestima. É a iniciativa privada mais uma vez suprindo as deficiências do
Estado.

O chamado "apagão da mão de obra" é uma triste realidade evidenciada
estatisticamente. Segundo o Sistema Nacional de Emprego (SINE), braço do
Ministério do Trabalho e Emprego responsável pela intermediação de mão de
obra e apoio ao programa de geração de emprego e renda, mais de 60% das
vagas ofertadas em 2009 não foram preenchidas porque os candidatos não
atendiam os pré-requisitos mínimos exigidos pelas organizações.

Construtoras brasileiras, em um momento de pujança do setor imobiliário,
estão sendo obrigadas a importar engenheiros, em especial de outros países
latinos, porque o número de profissionais formados anualmente em nosso país
(32 mil, em 2008), atende a menos da metade da demanda de mercado.

O segundo passo consiste em transpor o processo educacional para além dos
muros da corporação, alcançando os familiares. Um bom exemplo é a educação
financeira. O papel de uma empresa não é facilitar o acesso ao crédito
consignado, mas ensinar seus funcionários a lidar com o dinheiro. E o êxito
desta tarefa depende eminentemente da participação do cônjuge.

Por fim, deve-se envolver a comunidade. O objetivo deve ser a integração do
público com o privado. A promoção de manifestações artísticas e culturais, a
conscientização da cidadania e o desenvolvimento de um senso de
pertencimento e propriedade possibilitam a construção de uma sociedade mais
equilibrada, com menos conflitos e maiores oportunidades. De quebra, as
empresas investem na formação de um promissor mercado consumidor para seus
produtos e serviços.

Associado a estes aspectos temos outros fatores fundamentais, com destaque
para a adoção de políticas de estímulo à diversidade e a inclusão de pessoas
com deficiência, as quais não são uma minoria silenciosa, posto que
representam cerca de 15% da população brasileira.


Fonte: Tom Coelho  educador, conferencista e escritor com artigos publicados em
15 países.

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