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O combate ao bullying começa nas escolas: Afinal, educação escolar também forma o sujeito social

A palavra bullying deriva do verbo inglês to bully e significa usar a superioridade física ou moral para intimidar alguém. Essa palavra tem sido adotada em vários países para definir todo tipo de comportamento agressivo, intencional e repetitivo inerente às relações interpessoais e que pode produzir consequências graves, que vão desde problemas de aprendizagem até sérios transtornos de comportamento. Geralmente, as vítimas são os indivíduos considerados mais frágeis, transformados em objetos de diversão e prazer por meio de “brincadeiras” maldosas e intimidadoras.

“Esse é um fenômeno mundial que representa a violência moral velada ou até mesmo física e explícita imposta contra uma mesma vítima. Combatê-lo não é tarefa impossível, mas exige atenção, tempo, diálogo e o envolvimento de toda a comunidade. Já que os seres humanos não são espontaneamente generosos, respeitosos e solidários, essas virtudes devem ser rotineiramente aprendidas e exercitadas”, defende Anita Adas, coordenadora pedagógica da Divisão de Sistemas de Ensino da Editora Saraiva.

Para a coordenadora, um dos papéis da educação escolar é formar o sujeito social, uma vez que a escola é o primeiro contato dos pequenos com o âmbito público. “Este é um espaço plural por natureza. É na escola que crianças e adolescentes conhecem um conjunto de valores, muitas vezes diferentes daqueles de sua família – o âmbito privado – e, assim, devem aprender a viver em coletividade de forma harmoniosa e democrática”, explica.

Segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com alunos do 9º ano do ensino fundamental, quase um terço dos estudantes das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal afirma ter sofrido bullying alguma vez na vida escolar. Esse estudo faz parte da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar 2009 e também revelou que o problema tem ocorrido, em maior proporção, nos colégios privados (35,9%) do que nos públicos (29,5%).

“Princípios essenciais para a prevenção do bullying, como o respeito, a solidariedade e a justiça, entre outros, devem fazer parte do trabalho pedagógico no cotidiano escolar e permear as relações que se estabelecem nesse ambiente. E não adianta somente pedir que os alunos desenhem a pomba da paz ou cantem uma música que fale sobre o tema; é fundamental que a escola seja um local pautado em princípios éticos, em que todos vivam um ambiente democrático e se comprometam com a construção de uma sociedade mais justa e humanizada”, finaliza Anita.

Por Ex-Libris Comunicação Integrada

 

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