O nascimento de um irmão transforma as relações entre o primogênito e seus pais. Convidamos a psicóloga Rafaela Paixão, para esclarecer os fatos importantes desse processo
Para os irmãos mais velhos, a ideia de compartilhar o que antes eram apenas dele pode ser visto como algo assustador, que acende valores competitivos que podem ser entendidos como autoproteção. “Na tentativa de chamar a atenção para o que está sentindo, a criança, muitas vezes, começa a fazer birras e a apresentar alguma hostilidade, comportamento de recusa ou mesmo uma aproximação excessiva de um dos pais”, afirma a psicóloga Rafaela Paixão, do CPPL.
Aos pais, recomenda-se atenção redobrada para esse momento. Muitos se projetam em um de seus filhos e acabam por se dedicar ou proteger um deles em detrimento do outro. “Por exemplo, reviver com seu primogênito toda a dedicação que um dia desejou como primogênito dos seus pais ou experimentar com o bebê recém-chegado toda a impaciência que já teve com seu irmão caçula”, diz a profissional.
Mais do que isso, os pais são responsáveis por atribuir valores e desmitificar suspeitas na relação entre os irmãos. É por meio dos pais que a criança passa a viver essa experiência como algo maior que uma rivalidade fraterna. “Este pode ser um passo importante para que a relação entre os irmãos seja construída criativamente e timbrada com o selo da amizade. Com todas as ambivalências e rivalidades que uma relação como está implica, é claro”, comenta Rafaela Paixão.
Fonte: Rafaela Paixão, psicóloga.
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