*Sandra Rosenfeld
Marina era assim, desde pequena, tudo era motivo para rir e brincar. Mesmo quando levava bronca dos pais, ouvia tudo quietinha e séria, mas, em seguida, já estava correndo e divertindo-se. E quando o irmão implicava com ela, fingia que não entendia e seguia seu caminho. Mas dava uma importância enorme a tudo que a fazia feliz.
Sua mãe dizia ao marido: "Esta menina é viciada em felicidade. Não deixa que nada lhe abata".
De tanto ouvir isso e percebendo mesmo inconscientemente que era uma forma positiva de chamar a atenção, Marina cresceu aprendendo a driblar as coisas que traziam tristezas e, mais do que isso, a encontrar meios próprios de amenizar o que era ruim. Para tanto, buscando formas de lidar positivamente com as situações e, dessa maneira, evitando que perdesse aquela sensação tão boa de felicidade que ela trazia no peito.
E assim cresceu e virou mulher e toda vez que ela conseguia ultrapassar uma barreira, vencer um obstáculo, romper algum limite, encontrar uma solução para algo que parecia sem solução, dar limites, criar estratégias para enfrentar problemas e pessoas sem que isso afetasse o seu equilíbrio era motivo de comemoração. E comemorava mesmo, com um jantar especial, champanhe, viagens, com algo proporcional à vitória conquistada. Ela se presenteava, assim, criando mais sentimentos bons.
Logo, percebeu que tudo isso trazia como consequência uma sensação constante de bem-estar, paz e felicidade. O organismo dela se viciou em serotonina e endorfinas, hormônios responsáveis justamente por essas sensações. Ao contrário de pessoas que são viciadas em adrenalina, hormônio liberado no estresse, ansiedade e medo.
Marina foi amadurecendo e fazendo escolhas que confirmassem sempre os seus valores, e o maior deles era que ser feliz é uma questão de atitude e escolhas.
Fez faculdade visando à realização profissional e não apenas à financeira como tantos fazem, lançou-se no mercado de trabalho enviando seu currículo para empresas previamente analisadas por ela. Marina era cuidadosa consigo e estava sempre aberta a conhecer-se melhor através de leituras, cursos, terapias alternativas, como meditação, enfim, era antenada com o que pudesse ajudá-la a viver bem e também as pessoas à sua volta. O que acontece naturalmente.
Parece uma história de carochinha, um conto? Não, existem milhares de Marinas por aí. Há pessoas que são viciadas em felicidade; e outras, em infelicidade. Em qual desses grupos você está? A resposta quem diz não é você, mas sim a sua vida, sua saúde física e mental. Seu sucesso como pessoa!
*Sandra Rosenfeld
Escritora e Palestrante. Terapeuta em Qualidade de Vida como Instrutora de Meditação, Executive e Personal Coach. Autora dos livros “Durma Bem e Acorde para a Vida” e "O que é Meditação", ed. Nova Era/ Record.
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