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As Flores: Elas têm lições a nos ensinar

(*) Por Sandra Braconnot

Será que alguma vez você se perguntou por que o Cravo Brigou com a Rosa e a  Camélia caiu do galho, deu dois suspiros e morreu? E pergunto ainda, indo para outro terreno, será que você quando passeia pelos jardins (passeia?) olha para as flores com um olhar aprendiz e procura aprender com elas?  Aprender com as flores? Sim, aprender com as flores… 
 
As flores surgiram no período cretáceo, quando as plantas evoluíram e começaram a florescer. Hoje, 130 milhões de anos depois, as flores vêm sendo utilizadas de diversas formas para os mais variados fins, mas poucos,  buscam nessas belas criaturas lições e aprendizados. A princípio pode até parecer estranho, mas as flores – que possuem inteligência e sabedoria – têm muito para ensinar e podem contribuir de maneira bem significativa para a qualidade de vida e para o desenvolvimento pessoal e profissional.
 
Para que se possa compreender melhor, primeiro, é preciso refletir sobre o que é Qualidade de Vida. Pense um pouco e responda: ter um bom emprego, ter um excelente salário, ter casa própria, ter carro do ano, ter amigos e ter uma linda família garante uma vida com qualidade?  Essas podem ser as consequências…  A qualidade de vida em questão não passa apenas pelo ter, mas sim pelo ser.  Portanto, para que a vida tenha qualidade é preciso antes de tudo ser um bom profissional, organizado e equilibrado financeiramente, ser amigo, ser responsável com sua família, ser  ousado para mudar, ser corajoso para  transformar e ser inteligente para evoluir até  ser humano (ou um mano?) de qualidade.
 
Segundo, temos que começar a repensar o papel das flores em nossa cultura. Será que as flores servem apenas para enfeitar?  No Japão, berço dos programas de Qualidade Total, as flores são utilizadas como um caminho para o autoconhecimento, aperfeiçoamento pessoal e um recurso para alcançar o equilíbrio interior. Os lendários Samurais – guerreiros do antigo Japão feudal, que existiram até o fim da era Meij, no século XIX – manipulavam flores como parte do seu draconiano e eficaz treinamento. 

 

De lá para cá, muito tempo passou, muita coisa mudou – ou permaneceu igual. Paradigmas foram quebrados e novas tecnologias trouxeram sabores e dissabores. As empresas perderam muros, ganharam alma, consciência e “descobriram” o ser humano/colaborador. A prática (com sucessos e fracassos) comprovou que era preciso bem mais do que oferecer bons salários, cestas básicas, assistência médica entre outros benefícios para aumentar a produção e, consequentemente, os lucros. Também – constatou-se -  não bastava ensinar técnicas e  apontar padrões de comportamento para garantir o bom atendimento e a fidelização dos clientes.
 
Vejamos: Como podemos pensar em “Total Satisfação dos Clientes” sem que os colaboradores tenham prazer em servir?; Como pensar em “Gerência Participativa” sem cooperação, flexibilidade e respeito?; Como ter uma Liderança Servidora sem líderes humildes, emocionalmente inteligentes e seguros o suficiente para formar novos líderes?; E indo além: como implementar uma Gerencia Ecológica  sem ampliar a visão e a consciência ecológica de todos – líderes e liderados? Como pensar em implantar programas de Responsabilidade Social (ou se intitular socialmente responsável) sem respeitar os clientes internos/ externos, consumidores, comunidade, cidade, país e o planeta?  
 
Percebe-se hoje, com clareza, que tudo o que pode melhorar a performance de uma empresa – e do mundo – passa necessariamente por pessoas. E o que  se precisa neste momento decisivo para nós e para  a nossa mãe Gaia,  é que essas pessoas sejam sensíveis, cooperativas, solidárias, éticas, socialmente responsáveis  e ecologicamente corretas.  

E é nesse contexto que se insere a Flores & Seres Comunicação e Desenvolvimento que  utiliza em seus programas conceitos biomiméticos e dinâmicas com flores e sementes para estimular a  sensibilidade das pessoas, reaproximá-las de si mesmas, dos seus semelhantes, da natureza e do Criador a fim de que possam  “polinizar o Belo – expressado nas ações, o Bom – irradiado nos sentimentos e o Bem compartilhado através do amor incondicional.
 
Como a empresa, a flor é um organismo  “vivo”  e possui vibrações, cores, perfumes e formas que são captados pelo sistema sensorial  estimulando diversas áreas do cérebro. Os  treinamentos realizados com flores naturais são alegres, agradáveis e possibilitam  abordar  temas “polêmicos e perigosos” de forma leve e lúdica  através de metáforas e analogias entre pessoas/empresas, comportamentos/características e curiosidades das flores, como a antiga “briga do Cravo com a Rosa”. Nos programas de relacionamentos,  dinâmicas com flores ajudam a  aumentar a autopercepção, a identificação  de bloqueios e resistências facilitando a  internalização dos conceitos trabalhados. E quando o foco é a equipe, o prazer do resultado alcançado (ou a reflexão do porquê do fracasso) se transforma na  prolífera  semente da cooperação.
 
As flores têm muito a ensinar. Com a ajuda delas, cada pessoa pode (re) descobrir sua sensibilidade, (re) aprender a valorizar o Belo, optar pelo Bom e pelo prazer de fazer, deliberadamente, o Bem.
 
Quando as pessoas transcenderem as razões da briga do Cravo com a Rosa e passarem a agir cooperativamente os conflitos poderão ser reduzidos, a qualidade na vida, melhorada e seres humanos de qualidade começem a cantar: O cravo amou a rosa, a rosa amou o cravo, o cravo ficou mais forte e a rosa mais perfumada.

 

(*)Sandra Braconnot – Jornalista, facilitadora, palestrante,  pesquisadora da flora brasileira, coordenadora da Flores & Seres Comunicação e Desenvolvimento e Editora do Portal das Flores. 

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