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Asma: a doença do frio: Hoje é o Dia Nacional de Controle da Asma

Com a chegada do inverno, aumentam os casos de doenças respiratórias comuns da estação. Quem é asmático sofre ainda mais neste período, uma vez que os fatores que desencadeiam as crises da doença são mais frequentes. Ar seco, clima frio, mudanças de temperatura, poluição e partículas suspensas no ar impactam diretamente a qualidade de vida destes pacientes, estimados em cerca de 100 a 150 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.
 
Apesar do impacto no dia-a-dia das pessoas, nem sempre a asma é levada a sério e o desconhecimento sobre a doença ainda é muito grande. Ela atinge mais de 10% da população brasileira e é responsável por 2,2 mil mortes por ano no país, de acordo com a Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA), além de ocupar o 4° lugar entre as internações no Sistema Único de Saúde e estar relacionada à ausência escolar e no trabalho.

É também uma das doenças mais frequentes na infância. Acredita-se que 20% da população infantil apresenta algum grau da doença, que se manifesta principalmente por tosse, falta de ar e chiado no peito.
 
Segundo a presidente do Conselho dos Programas de Asma e Rinite no Brasil (COPAR), Zuleid Dantas Mattar, um dos grandes problemas relacionados à asma é o subdiagnóstico. “Em muitos locais do Brasil, a doença ainda é identificada como sinônimo de bronquite asmática, bronquite alérgica ou simplesmente bronquite por médicos e leigos. Esta e outras dificuldades relacionadas a este desconhecimento fazem com que a maior parte dos asmáticos não tenha o tratamento adequado”, afirma a pediatra.
 
“Por ser uma doença crônica que provoca a inflamação das vias aéreas, a asma deve ser controlada com medicações anti-inflamatórias, como os corticóides inalatórios. O tratamento continuado com anti-inflamatórios pode evitar e reduzir consideravelmente as crises, diminuindo as idas ao pronto-socorro e hospitalizações”, explica.

Entretanto, o baixo entendimento sobre a asma leva ao controle inadequado da doença. Um levantamento feito em 2008 com 1.800 pacientes em nove países, inclusive no Brasil, aponta que apenas um em cada quatro pacientes identifica a inflamação das vias aéreas como a causa da doença. Outro dado alarmante é que 44% dos entrevistados admitem não usar a medicação quando estão se sentindo bem, o que é um erro, pois o tratamento deve ser de longo prazo e preventivo de sintomas.
 
“A maioria dos pacientes só enxerga a asma no momento da crise, que é a ponta do iceberg. Quando estão se sentindo bem, infelizmente abandonam a medicação e deixam de fazer o tratamento da inflamação das vias aéreas, fundamental para prevenir as crises,” alerta Zuleid. “Educar o paciente é fundamental para se promover um melhor controle da doença.”
 
Além do tratamento médico, o controle da doença depende de evitar o contato com os fatores que desencadeiam as crises. Alguns cuidados simples podem trazer grandes melhorias, como evitar mudanças bruscas de temperatura, limpar o ambiente com pano úmido ou aspirador, evitar contato com pó e poeira, evitar fumaça de cigarro e fazer exercícios nos horários de pico de poluição (começo da manhã e final da tarde).

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