Legalização da Maconha no Brasil?: Conheça todos Prós e Contras da liberação da cannabis medicinal

Minnesota se tornou o 23º estado dos EUA a legalizar o uso recreativo de maconha para maiores de 21 anos. Desde 2012, 23 estados permitem seu uso recreativo e medicinal, 14 permitem apenas medicinal e 7 permitem uso de óleo de canabidiol (CBD), enquanto 6 estados ainda criminalizam seu uso. A lei de Minnesota entrou em vigor em 1º de agosto e, enquanto regras particulares nesses estados regulam o plantio, o transporte, a venda em dispensários e a quantidade de maconha que cada pessoa pode possuir, a tributação é grande motivação para a aprovação dessas leis.

No Brasil, o STF está julgando a possibilidade de liberar o porte da substância para uso pessoal em todo o país.

No contexto atual, médicos, pacientes e especialistas discutem as indicações medicinais para maconha e os benefícios que isso pode trazer à saúde dos pacientes.

Principais propriedades medicinais

Os estudos conduzidos nos últimos anos indicam que a maconha tem propriedades medicinais particularmente benéficas para pessoas que sofrem doenças crônicas como artrite, epilepsia, síndrome de Boerhaave, enxaqueca, síndrome de Tourette, esclerose múltipla, doença de Alzheimer, asma, doença de Parkinson, doença de Crohn, alergia, glaucoma e distúrbios neurológicos. Alguns estudos também indicam que a maconha tem propriedades antináuseas e antieméticas e pode ajudar a aliviar dores crônicas, problemas de sono e insônia.

No entanto, a maconha não é benéfica para adultos saudáveis. Estudos indicam que o uso abusivo de maconha pode estar associado à ansiedade, depressão, baixa autoestima, desempenho acadêmico fraco e riscos para a saúde mental.

Prós e contras

Dentre os principais benefícios da legalização da maconha para uso medicinal, está a prevenção e tratamento de várias doenças crônicas e incuráveis, além de reduzir as chances de o usuário experimentar ansiedade, estresse, depressão ou episódios psicóticos.

Além disso, a legalização pode contribuir para uma maior conscientização da população a respeito dos riscos associados ao uso da maconha, além de auxiliar na elaboração de políticas de uso responsável.

No entanto, existem alguns perigos associados à legalização da maconha para uso medicinal. De acordo com alguns estudos, pessoas que usam maconha consistentemente para fins medicinais são mais propensas a experimentar efeitos adversos a longo prazo, como ansiedade, depressão, alucinações, convulsões, além da possibilidade de desenvolver problemas de comportamento, como uso abusivo da droga.

Especialistas a Favor da Liberação

- Dr. Sanjay Gupta - neurologista, escritor e jornalista médico: Doutor Gupta afirma que a maconha tem o potencial de ser uma droga medicinal, pois ajuda a aliviar a dor, reduzindo os sintomas em doenças como a esclerose múltipla e as condições inflamatórias crônicas. Ele propõe que a maconha deve ser estudada com mais cuidado para ver se ela pode ajudar a tratar outras doenças.

- Dr. David Bearman - médico de fundamentos, professor e autor: o Dr. Bearman cita vários estudos que apoiam o uso medicinal da maconha. Ele defende a idéia de que o uso benéfico da maconha deve ser explorado e defende a revisão dos programas governamentais para que seja mais fácil para os médicos prescreverem maconha medicinal.

- Dr. Ethan Russo - neurologista e psiquiatra: Dr. Russo diz que a maconha tem sido usada para fins medicinais por milhares de anos. Ele argumenta que existem vários canabinóides encontrados na maconha, como o THC e o CBD, que podem ajudar a tratar uma variedade de condições médicas.

Especialistas contrários

- Dr. Kevin Sabet - diretor do Instituto Antidrogas: O Dr. Sabet argumenta que o uso medicinal da maconha não é significativo o suficiente para apoiar o seu uso. Ele argumenta que a maconha é instável e seu consumo geralmente é prejudicial à saúde, aumentando riscos de doenças mentais, alcoolismo e dependência de outras drogas.

- Dr. Paul Armentano - vice-presidente do NORML e Pesquisador do Centro para o Direito à Liberdade Alimentar: Dr. Armentano argumenta que o uso da maconha não tem sido estudado o suficiente para determinar seu uso medicinal viável. Ele acusa os governos de criminalizar o uso medicamentoso da maconha, e argumenta que isso impede o uso seguro da planta medicinal.

Conclusão

Embora a legalização da maconha para uso medicinal tenha trazido benefícios importantes para muitas pessoas, é importante que ela seja feita com responsabilidade. Os médicos devem fazer uma avaliação criteriosa para determinar se o paciente será capaz de lidar com os efeitos da maconha, e os especialistas devem manter-se atualizados em relação aos últimos estudos para garantir o melhor tratamento possível para os seus pacientes.

As consequências Imediatas:

1 - As consequências sociais da legalização da maconha em alguns estados americanos tem sido variadas. Enquanto algumas pessoas argumentam que isso tem sido benéfico para reduzir a criminalidade, outros consideram que isso pode ter contribuído para um aumento na violência pública.

2 - Mais especificamente, há evidências de que a legalização da maconha nos EUA tenha resultado na redução de alguns tipos de crimes, como homicídios e roubos com envolvimento de maconha. No entanto, também há evidências de que a legalização da maconha tem resultado em um aumento no uso de drogas entre os jovens e no aumento de infrações de trânsito.

3 - Assim, o diagnóstico geral em relação à segurança pública é que, apesar de existirem alguns efeitos positivos da legalização da maconha, os efeitos negativos são quase tão significativos quanto os efeitos positivos. A segurança pública é um tópico de grande significado e, portanto, deve ser abordado com muita cautela.

Fonte: Redação Bemzen e U.S. News & World Report

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