Por que nem todos conseguem?
*Sandra Rosenfeld
Outro dia assisti a um filme belíssimo: Joy. Baseado numa história verídica. Eu amo esses tipos de filmes. A vida supera em muito à ficção.
A resenha diz ser um drama/comédia. Sinceramente, não consegui rir em nenhum momento. É um drama, mas não uma catástrofe. Poderia ser mais uma história de vida como tantas outras, mas não o é, pelo simples fato da garra da Joy. Do filme mais não digo para não tirar as surpresas inerentes a ele.
O que me chamou mais atenção e me fez trazer o tema para este artigo é a capacidade de superação e vontade de vencer de algumas pessoas. Por que a maioria não é assim? Basta olhar em volta, metade da riqueza mundial está nas mãos de 1% da população. Ok. O destaque aqui não é para a questão financeira, mas, se estudarmos a história dessas pessoas, vamos descobrir que a maior parte fez diferente e que há muitos casos de superação e força de vontade.
Acredito que algumas pessoas nascem predestinadas e que outras tantas têm dons inatos. Mas por que algumas fazem uso desses dons e outras não? Por que algumas sucumbem ao modelo do comum e outras vão até o fim de suas forças para conquistar o que desejam? Por que há tanto medo de fazer diferente e fazer a diferença?
Alguém pode me dizer, por exemplo, que não dá para trabalhar o dia todo e, depois, ainda “fazer” o que tem como dom. É exatamente assim que pensa a maioria e exatamente o oposto que pensa a minoria que consegue.
Onde falhamos? Onde nos acomodamos? Por que nos satisfazemos com menos?
São perguntas para as quais não tenho resposta imediata, porém Dan Schawbel, um dos colaboradores da revista “Forbes”, já entrevistou diversas personalidades de sucesso. Desde 2007, foram mais de 1.200 CEOs, celebridades, escritores, políticos e até mesmo um astronauta. Ele descobriu que essas pessoas têm alguns pontos importantes em comum, que listo aqui:
1- Eles sabem quando ficar e quando ir embora.
2- Eles fazem mais do que se exige deles.
3- Eles estão dispostos a falhar para ter sucesso.
4- Eles sabem que fazem a sua própria sorte.
5- Eles definem metas reais que podem realizar.
6- Eles tomam responsabilidade por si mesmo e por suas ações.
7- Eles fazem as mudanças, ao invés de serem afetados por ela.
8- Eles são capazes de se adaptar às mudanças no mercado.
9- Eles podem comunicar a sua história de forma eficaz.
10- Eles fazem as perguntas certas para as pessoas que podem fornecer as respostas certas.
11- Eles são aprendizes de uma vida toda, que se empurram para fora de suas zonas de conforto.
12- Eles sabem quem são e o seu lugar no mundo.
13- Eles são mais animados com a jornada do que com a recompensa.
14- Eles criam em vez de apenas consumir.
A minha proposta é que a gente pense se estamos de fato dando o nosso melhor, seja no que for que estamos fazendo na nossa vida. Estamos dando o melhor como pais? Como filhos? Como maridos e esposas? Como namorados? Como profissionais? E se não, talvez, esteja na hora de olharmos em que parte do caminho deixamos nossos sonhos escaparem e se ainda há tempo de retomá-los, se não da mesma forma original, mas de alguma forma que possa alegrar nosso coração e nos trazer aquela sensação de que enfim estamos cumprindo nossa missão aqui!
*Sandra Rosenfeld
Escritora e Palestrante. Instrutora de Meditação e Executive & Personal Coach. Autora dos livros “Durma Bem e Acorde para a Vida” e "O que é Meditação", ed. Nova Era / Record.
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