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Gravidez e cegueira?: Entenda isso!

Gravidez: distúrbios da visão são comuns, mas exigem acompanhamento oftalmológico

 

A gravidez costuma provocar inúmeras mudanças na mulher, tanto físicas quanto emocionais. Em muitos casos, nem os olhos são poupados, podendo sofrer distúrbios temporários ou permanentes. A sensibilidade da córnea, por exemplo, costuma diminuir principalmente nos últimos três meses – voltando ao normal pouco tempo depois de o bebê nascer. Também pode ocorrer o seu espessamento, bem como um aumento de curvatura e inclinação. Neste caso, há prejuízo da visão e pode resultar na falta de acomodação das lentes de contato. Em algumas gestantes, o problema persiste inclusive durante o aleitamento materno. Por isso, um acompanhamento oftalmológico é indicado durante todo o período.

 

De acordo com o médico oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Hospital de Olhos Eye Care, são quatro os principais problemas oculares que podem ocorrer durante a gravidez: olho seco, visão embaçada, desdobramentos da pré-eclâmpsia, e desdobramentos do diabetes gestacional. “Durante a gravidez, a gestante pode perceber que os olhos estão mais secos que o normal e sentir muito desconforto ao fazer uso de lentes de contato. A síndrome do olho seco, nesse caso, ainda pode provocar intensa irritação nos olhos”, diz o médico, indicando o uso de lágrimas artificiais específicas para lubrificar os olhos durante esses nove meses.

 

Neves aponta a retenção de líquidos como um problema comum durante a gravidez, associando-a a uma alteração na espessura e no formato da córnea. “Mínimas mudanças desse tipo são suficientes para resultar em visão distorcida ou embaçada, sem foco. Apesar do desconforto, não é preciso se alarmar. O problema costuma ser transitório. Caso a gestante sinta uma mudança relevante na visão, poderá recorrer a lentes apropriadas para esse período, lembrando que as cirurgias corretivas deverão ser adiadas para depois de o bebê nascer, já que haverá uma acomodação natural do grau no período pós-parto”.

 

Outro ponto de fundamental importância é a pré-eclâmpsia – hipertensão arterial específica da gravidez que pode ocorrer a partir da 20ª semana. Os sinais podem ser identificados através dos olhos em até 8% das gestantes, sendo provável que a paciente se queixe de perda temporária de visão, maior sensibilidade à luz, visão embaçada ou com formação de halos ou flashes. “Na presença desses sintomas, principalmente se a paciente tiver histórico de hipertensão, o médico responsável pelo pré-natal deverá ser imediatamente comunicado, já que essa condição progride rapidamente e pode resultar em sangramento ou outras complicações”.

 

Por fim, o diabetes gestacional também costuma apresentar desdobramentos que são considerados graves quando não controlados a tempo. “Altas taxas de açúcar no sangue, quando associadas ao diabetes, podem danificar pequenos vasos sanguíneos que alimentam a retina. O risco, inclusive, aumenta ao longo da gravidez. Por esse motivo, quer a gestante seja diabética, quer tenha adquirido diabetes gestacional, sua visão poderá apresentar problemas relacionados a nitidez e foco. Sendo assim, é importante contar com um acompanhamento médico especializado durante os nove meses de gravidez, principalmente mantendo os níveis de açúcar no sangue dentro de parâmetros aceitáveis”.

 

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