Mulheres também podem sofrer com calvície
Causas são diversas e um dermatologista deve ser consultado para diagnóstico e tratamento
Qualquer alteração no couro cabeludo que leve à queda de cabelos pode acarretar não apenas danos físicos, mas também emocionais nas mais diversas pessoas, principalmente mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), enquanto 80% dos homens manifestarão o problema até os 70 anos, apenas 30% do sexo feminino apresentarão perda de fios até atingir 50 anos.O tratamento da calvície feminina, no entanto, é ainda mais difícil, uma vez que a queda só é notada quando 30% dos fios já caíram.
Quando se trata de Alopecia – nome científico dado para a redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área da pele – os consultórios dermatológicos se enchem de pacientes com dúvidas recorrentes sobre o assunto. “A queda de cabelos tem as causas mais diversas possíveis, como mudanças hormonais, dietas irregulares, distúrbios como anemia e hipotireoidismo, além do fator genético”, explica a dermatologista Mariana de Andrade Lima. Nas mulheres, alerta a especialista, o problema também pode se desenvolver por causa da menopausa, tratamentos químicos para cabelos – a exemplo dos alisamentos – e mudança nos hormônios durante a gravidez.
Antes se desesperar com as inúmeras dúvidas, a paciente deve entender que muitas crenças sobre quedas de cabelo não passam de mito. A ideia de que lavar o cabelo com água filtrada evita a queda de cabelos ou que a água quente propicia a calvície, por exemplo, são informações equivocadas. “A única exceção é para aqueles pacientes que têm dermatite seborreica. A água quente pode estimular a oleosidade, o que acarretará na queda dos fios”, explica a dermatologista. Já aquelas que não prendem o cabelo para evitar a queda ou que não aplicam condicionador na raiz, estão no caminho certo. “A tração feita ao prender os fios prejudica não só a extensão, mas também a raiz. Já passar o condicionador na raiz causa oleosidade e pode acarretar em caspa e sebo nos cabelos, que em excesso contribuem para a queda”, alerta.
Dormir de cabelos molhados também não é uma boa opção. Segundo a dermatologista, os fios úmidos facilitam a proliferação de fungos, fatores que, no futuro, podem levar à alopecia. Outro alerta importante é em relação ao uso de secador de cabelo e chapinha. “Se usados da forma incorreta, estes procedimentos térmicos podem acabar queimando os fios e os deixando fracos e quebradiços”, aponta Mariana de Andrade Lima.
“Dar adeus à queda dos fios pode não ser tão fácil, mas é possível. O quanto antes a pessoa perceber o problema e procurar um médico, maiores são as chances de controlar o processo”, ressalta a dermatologista. O tratamento variará de acordo com a causa do problema. “Existem substâncias que reduzem a quantidade da dihidroxitestosterona (DHT), hormonio responsável por grande parte dos casos de calvície, medicamentos que melhoram a circulação no couro cabeludo, além, de hormônios, vitaminas, xampus que combatem fungos, entre outras opções, que só um especialista pode definir”.
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