Escolher é exercer o livre-arbítrio. É criar o futuro pelas ações do presente.
Toda ação leva a uma reação.
Escolher significa também desapegar-se.
Muitas escolhas em nossa vida são inconscientes, derivam de dificuldades e emoções mal-resolvidas do passado, da infância.
Então, muitas vezes achamos que estamos “escolhendo”, quando na verdade estamos apenas repetindo padrões compulsivos do passado.
Há momentos na vida em que é preciso fazer A ESCOLHA.
Aquela que afetará toda a nossa existência, que definirá a nossa felicidade ou tristeza, a plenitude ou o vazio.
O ser humano tem medo de escolher, porque tem medo do desconhecido.
Prefere o que conhece, mesmo que não esteja feliz com ele...
E assim cria a sua infelicidade, por não tentar algo diferente que o conduziria à felicidade. E felicidade é sermos nós mesmos.
Nada na vida é fruto do acaso. Criamos a nossa realidade.
Tudo o que ocorre externamente é um reflexo do nosso interior.
Esta é a realidade espiritual – que se faz matéria – da vida.
A confusão interior gera a confusão externa.
O medo da solidão gera situações em que podemos estar acompanhados, mas nos sentimos sozinhos, vazios...
Devemos olhar para a nossa vida e ver o que estamos criando externamente.
Não somos vítimas das circunstâncias, nós criamos as circunstâncias, por mais difícil que seja de perceber e aceitar isso.
Criamos e atraímos essas situações, para que lidemos com os nossos medos e com tudo o que dentro de nós está mal-resolvido.
Por que toda essa confusão, pressão, essa falta de paz?
Pode ser que no passado, como na infância, alguém já tenha feito isso conosco.
Aprendemos inconscientemente um “modelo” de lidar com as pessoas e com as emoções.
Então, inconscientemente, repetimos essas situações de dor, porque dentro de nós o conflito ainda não está resolvido.
Apenas quando nos resolvermos interiormente e fizermos escolhas conscientes, dirigiremos a própria vida, porque nos saberemos responsáveis por tudo o que nos acontece.
É difícil aceitar essa verdade de que criamos a própria realidade, porque quem em sã consciência iria querer passar por certas situações?
Mas chegará o dia em que o ser humano sentirá, perceberá, saberá que cria mesmo a sua realidade!
Então, cabe-nos perguntar: qual a nossa parcela de responsabilidade no que nos acontece?
Temos de ser muito sinceros com nós mesmos, não termos pena de nós ou de quem quer que seja.
Tudo nos tornará mais conscientes, fortes e evoluídos.
Mas somos humanos e tantas vezes sucumbimos...
O fato é que as pessoas só lidam conosco do modo como permitimos.
É doído perceber que damos poder às outras pessoas, que nos “dominam”...
Isso só pode gerar infelicidade aos envolvidos.
E só a própria decisão, atitude e coragem pode mudar isso.
A humanidade vive um momento delicado. É visível a perturbação, a falta de paz e de valores profundos que há no mundo.
Quantos pesos carregamos, quantos apegos temos e como isso nos impede a felicidade?
Se há algo em nosso caminho é porque precisamos aprender com essa experiência e temos condições de lidar com ela; temos força interior e consciência para compreender o que quer nos dizer e para realizar as transformações que a alma pede para a nossa evolução.
A vida material é uma benção, a prosperidade é uma conseqüência natural dos nossos talentos, gratidão e generosidade e um merecimento que podemos e devemos desfrutar.
O problema está na coação e manipulação que vem associada ao dinheiro, à matéria.
Temer a falta, a escassez, o “não ter” é não confiar no próprio talento e na abundância que há no espírito e na matéria.
Quantas coisas na vida fazemos (ou deixamos de fazer) por “medo”?
Não há energia mais destrutiva do que o medo, junto com a culpa, porque nos impede de acreditar em nós mesmos e de desfrutar de novos caminhos, mais afinados com a nossa alma.
O coração é sopro de Deus. É a forma que Deus colocou no ser humano para que fizesse as escolhas certas, baseadas no coração.
Mas, o ser humano muitas vezes escolhe o cérebro, a frieza de justificativas racionais. Escolhe pelo medo do futuro, da solidão, medo do medo...
E então está plantando e escolhendo a infelicidade.
A ação leva à reação. Esta é a lei espiritual da vida.
Aprenderemos as ações corretas, quando percebermos que o coração sabe todas as respostas e que nos cabe agir segundo o que sentimos no coração e na alma.
As crianças sabem isso, mas os adultos esquecem e criam assim a sua infelicidade.
O amor é uma escolha de felicidade.
Mas chamamos de amor a tantos sentimentos que não merecem essa denominação, porque vão contra o caráter sagrado do coração.
Amor nada tem a ver com manipulação, carência, possessividade, jogo de poder.
Amar é auxiliar a pessoa que amamos a atravessar o seu deserto para chegar ao oásis.
O amor cura feridas que sequer supomos ter.
A humanidade está perdida, vazia, porque falta amor.
Que escolha faremos?
Escolha do amor. Verdadeiro, profundo, transformador, curativo.
O poder de escolher é o poder de amar.
Amar a si mesmo para poder amar plenamente ao outro.
Amar-se é compreender que somos a pessoa mais importante para nós.
Que se não nos honrarmos e amarmos, como poderemos amar alguém?
Por isso, para escolher o amor, escolha em primeiro lugar ser você mesmo.
Então atrairá alguém que ama de verdade porque essa pessoa, assim como você, tem a coragem de viver a sua essência.
E quer compartilhá-la por meio do amor...
*Por Isabel Mueller
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