A aplicação de perfumes é um hábito tão corriqueiro, mas exige inúmeros cuidados. Exposição solar, alergias e alguns mitos são fatores que estão escondidos numa simples borrifada da sua fragrância preferida.
Os perfumes apresentam dois grandes grupos de componentes: psoralênicos e cítricos (substâncias capazes de aumentar a ação dos raios ultravioletas na pele). Os psoralênicos estão presentes nos perfumes amadeirados e os cítricos nas versões florais e frutadas. Quando ocorre a exposição solar, esses componentes podem ocasionar o surgimento de manchas escuras na pele. Entre os dermatologistas essas manchas são conhecidas como dermatite de Berloque. Por isso, muita atenção: sol e perfume não combinam. A recomendação correta é aplicar o perfume em áreas que ficarão cobertas pela roupa, sem riscos de exposição ao sol.
Quem possui histórico de alergias deve ter ainda mais atenção na escolha da fragrância. Os perfumes possuem conservantes e fixadores que podem causar irritação em algumas pessoas. Se a alergia já se manifestou, é interessante recorrer a testes alérgicos (testes de contato) que detectam qual é o tipo de substância que causa intolerância. Depois de descoberto o ativo, é preciso analisar os perfumes que a pessoa deseja utilizar e checar se essa substância em especial está presente na fórmula do produto.
É importante ressaltar que os perfumes infantis também podem causar irritações porque nem todos estão livres da possibilidade de alergias. Pessoas de pele muito sensível devem procurar linhas de perfumes hipoalergênicos em lojas especializadas.
Como moramos num país tropical, é essencial optar por colônias e eau de toilette que contenham fórmulas mais suaves. Os perfumes mais concentrados podem ficar reservados para utilização em horário noturno. A pele necessita de cuidados diferentes em cada estação do ano e, por isso, a escolha da fragrância também está veiculada à máxima do tempo. No verão é importante escolher fórmulas mais amadeiradas ou cítricas. No inverno é ideal utilizar as versões mais adocicadas com toques florais e frutados.
Perfumes não devem ser utilizados nas axilas porque apenas mascaram o odor e a transpiração. Nessa região é necessário aplicar desodorantes, que agem para reduzir o odor da axila (ação antibacteriana e antitranspirante). Os desodorantes possuem derivados de alumínio em sua fórmula, substâncias que reduzem a atividade da glândula sudorípara.
Aromas atraentes e cheiros instigantes, os perfumes são aliados da beleza. Seguindo todos esses cuidados, as fragrâncias são coadjuvantes de ótimos momentos com a pele.
Fonte: Dr. Marcelo M. Bellini, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Autor do blog sua.pele.
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