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Adolescência: Os riscos do início precoce da atividade sexual

O início precoce da atividade sexual trás sérias consequências para a vida dos adolescentes, entre as mais preocupantes estão às relacionadas às doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez.

A gravidez na adolescência tem causado muita preocupação. Apesar do número de adolescentes grávidas ter caído nos últimos 10 anos segundo pesquisas divulgadas pelo IBGE, ainda existem dúvidas quanto a educação sexual para os adolescentes.

Sem a maturidade física e emocional necessária para o enfrentamento das sérias consequências que envolvem o advento de um filho, a vida dos jovens sofre mudanças bruscas que, na maioria das vezes, foge de controle. Uma das mudanças é a queda na qualidade de vida. Pesquisa realizada pelo ambulatório de Planejamento Familiar da Unifesp apontou que as adolescentes grávidas têm menos oportunidades no mercado de trabalho e acabam abandonando os estudos por conta do bebê.

Além disso, existem os casos de adolescentes que, por causa da repressão familiar, fogem de casa ou se entregam nas mãos de pessoas inescrupulosas, provocando abortos criminosos que, inevitavelmente, produzem danos físicos e emocionais dificilmente superados.

E não é só a gravidez indesejada que preocupa os pais dos adolescentes.  Outro problema que merece atenção são as DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Muitas vezes o jovem inicia a vida sexual sem ter a preocupação com a prevenção já que nessa fase da vida temos a sensação de que nada ruim pode nos acontecer. Dá-se então a necessidade de maior diálogo entre pais e filhos e uma participação da escola nesse sentido.

Estudos apontam que o contexto familiar tem uma relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. Portanto, esse é um fator que deve ser ressaltado, pois, o afastamento dos membros da família e a desestruturação familiar somam maior insegurança no adolescente que, totalmente despreparado, dá vazão aos anseios sexuais determinados pelos estímulos característicos da puberdade.

Seja por separação, seja pelo corre-corre do dia-a-dia, alguns pais estão cada vez mais afastados de seus filhos que, sem terem para quem dar satisfações de sua rotina diária, só procuram os pais ou responsáveis quando o problema já se instalou. A falha de comunicação entre pais e filhos dá ao adolescente uma liberdade sem responsabilidade e é assim que muito s jovens iniciam suas vidas sexuais sem o menor cuidado.

Mas porque é tão difícil para os pais conversarem abertamente sobre sexualidade com seus filhos? Conhecer essas dificuldades é primordial para que os pais as vençam, estabelecendo maior intimidade e aproximação emocional com os adolescentes. Todos os esforços nesse sentido são essenciais, pois, não se pode simplesmente fechar os olhos para a realidade que se impõe em fatos.

Ouvir o adolescente com carinho e atenção; jamais demonstrar menosprezo por suas preocupações, mesmo que pareçam pueris; observar seu comportamento, suas amizades; ou seja, percorrer com ele o máximo possível essa fase tão turbulenta da adolescência. O discurso moralista quase sempre provoca enfado no adolescente, enquanto o diálogo afetuoso o orienta, estimula e compromete.

Por Suely Buriasco - educadora e mediadora de conflitos.

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