Inicio este artigo respondendo as perguntas que, por certo, estão surgindo. Claro! Existem fêmeas alfas. Líderes poderosas. No entanto, comumente, tem uma forma diferenciada de pensar, sentir e agir e, assim, de liderar. Elas chegam ao objetivo, mas, geralmente, levando em conta o modo de alcançá-lo.
Neste artigo, refiro-me aos machos alfas, justamente por serem em maior número e mais “dominadores”. As fêmeas alfas provavelmente se identificarão em alguns trechos.
Quando falamos em macho alfa, logo nos vem à mente força e poder. O que pode ser extremamente benéfico ou destruidor, dependendo de como estas características são usadas. Infelizmente, o que vemos, geralmente, nas empresas, são machos alfas com mentes brilhantes, porém com comportamentos destruidores.
Destruidores de que, você pode estar se perguntando, se, afinal, são esses homens que fazem as coisas acontecerem, que têm ideias geniais e, mais do que isso, conseguem viabilizá-las de forma e sucesso praticamente exclusivos deles?
Este é o problema. A que preço, por quanto tempo? Geralmente, o macho alfa é um "trator", às vezes, um "tanque de guerra" que passa por cima de tudo e de todos para conquistar seus objetivos. Usa a sua força, agressividade, poder de análise e visão empreendedora de forma negativa, focando somente o objetivo final e, desta forma, “atropelando” pessoas e, não raramente, a Missão e Valores da própria empresa.
O macho alfa, justamente por ser alfa, está no topo da pirâmide em uma empresa, assim, deixa os seus colaboradores em situação delicada, pois estes não podem bater de frente com ele sob pena de serem demitidos, transferidos ou, ainda, por receio de perderem aquela oportunidade de promoção. O macho alfa “esquece” que os objetivos são alcançados em equipe.
Por livre e espontânea vontade, quem deseja trabalhar com um chefe desses?
Pois é, mas esta não é uma opção tão disponível, já que é comum encontrar esse perfil em quase todas as empresas. No entanto, ao mesmo tempo, esse líder é admirado porque, de fato, é proativo, tem garra, um faro excepcional para oportunidades e sabe, como ninguém, chegar lá.
Onde está o problema então? Está no desgaste que tais atitudes provocam em toda a equipe, em si próprio e na empresa. É comum que esses mesmos líderes sofram de vários tipos de doenças causadas pelo estresse, e sua equipe tenha um alto índice de absenteísmo. Se as empresas tivessem formas precisas para medir o impacto negativo desses comportamentos no resultado final, provavelmente, iriam ficar surpresas de como poderiam estar lucrando mais.
O "Q" da questão não são os machos alfas nem as características deles, que por si só são muito positivas, mas sim as formas como eles administram a si mesmos, a essa garra, impulsividade e intolerância.
O lado bom disso é que as empresas começam a perceber que não precisa ser dessa forma e que é possível aproveitar toda essa energia em prol da empresa, e não contra. É comum, hoje, empresas contratarem coaches para, num trabalho em conjunto com esses machos alfas, conseguirem que eles maximizem, de forma positiva, as suas forças, porque não há como negar que, como citado no livro "A Síndrome do Macho Alfa", de Kate Ludemam e Eddie Erlandson:
"[...] no mundo dos negócios de hoje, obter resultados é algo que está decisivamente relacionado com tratar bem as pessoas".
Fonte: Sandra Rosenfeld
Escritora e Palestrante. Terapeuta em Qualidade de Vida como Instrutora de Meditação, Executive e Personal Coach. Autora dos livros “Durma Bem e Acorde para a Vida” e "O que é Meditação", ed. Nova Era/Record.
E-mail: [email protected]
Obrigado! Seu comentário foi enviado
Oops! Algo de errado aconteceu ao enviar seu comentário :(