O termo qualidade de vida passou a ser utilizado a partir da década de 90, especialmente na Europa. Cientistas e demais pesquisadores daquele Continente descobriram que o objetivo histórico da Medicina de manter as pessoas vivas, ainda que mediante aparelhos em uma U.T.I. (Unidade de Terapia Intensiva) de hospital, não mais atendia às necessidades básicas da população. Agora, instituições e empresas modernas necessitam muito mais de seus colaboradores. Eles precisam estar comprometidos com a filosofia do negócio, ser treinados, vestir sua camisa, ter disponibilidade de tempo caso necessário e principalmente, ser saudáveis. As inúmeras exigências que a competição mundial estabeleceu nos últimos anos ganharam evidência após a queda do Muro de Berlim e revolucionaram o mercado de trabalho em todo o mundo.
Logo após esse fato histórico e imprevisível, o capitalismo, sistema político e econômico que privilegia a competição, quase hegemônico no mundo atual, evidenciou a necessidade absoluta, de cada funcionário não estar apenas vivo, para produzir bens e serviços a custos reduzidos e com melhor qualidade possível. Agora é preciso muito mais. A máquina mais fantástica que existe, seu corpo, precisa estar bem. Precisa funcionar com qualidade. Daí o termo qualidade de vida.
Desde então, a qualidade de vida passou a ser um padrão de satisfação das necessidades humanas: transporte, saneamento básico, moradia, emprego, meio ambiente, sono, emoções, sexo, alimentação...
Todavia, o início e a obtenção definitiva da excelência na qualidade de vida, ocorre somente após o estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis e estilo de vida favorável. Porque assim, são atendidas as necessidades fisiológicas de nutrientes das células.
Portanto, do ponto-de-vista dos hábitos alimentares, podemos definir qualidade de vida ideal, como:
1. Nunca ter dores de cabeça ou de coluna;
2. Jamais ficar gripado ou resfriado;
3. Fazer refeições com qualidade;
4. Ter eliminações fisiológicas regulares e proporcionais ao número diário de refeições, sem esforços, dores, laxantes, sangramentos ou hemorróidas;
5. Controlar naturalmente a pressão arterial e o colesterol;
6. Dormir logo ao deitar-se na cama e despertar legal, sem interrupções ou pesadelos;
7. Manter o peso ideal sem passar fome, sem tabelas de calorias, sem remédios moderadores de apetite, sem dietas e regimes.
Sem esses males, podemos dizer que vivemos de fato.
AS CONSEQUÊNCIAS DOS MALES PRIMÁRIOS, SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS
Os problemas de saúde citados são tão comuns, que muitos acham até impossível viver sem eles. Alegam ser normal ter dores de cabeça de vez em quando, duas ou três gripes por ano, uma ou outra indisposição digestiva periódica, apenas uma eliminação fisiológica diária apesar do número maior de refeições a cada vinte e quatro horas, sono entrecortado com pesadelos e alguns sonhos engraçados, e o peso, bem... quase todo mundo tem excessos, não é mesmo? Um dia, a gente dá um jeito nele, afirmam.
Na verdade, quase sempre faltam padrões de avaliação do que é de fato saúde. Até porque estatisticamente é muito pequeno o número de pessoas bem informadas sobre o assunto, e por isto dispostas a praticar o que sabem ser correto.
E o mais grave, é que são primários os problemas de saúde citados. Deles derivam males secundários e terciários. Por exemplo: má digestão pode gerar gastrite e úlceras. E daí pode surgir um câncer de estômago. A má digestão é mal primário, a gastrite e a úlcera são males secundários, e o câncer de estômago é um mal terciário.
A gravidade desse processo perverso, está no fato de que há uma piora contínua ao longo da vida. À medida que o tempo passa, aumenta a sensação horrível de que tem que piorar mesmo, porque esta é a seqüência natural. E isto não é verdade. Não temos que piorar, só porque o tempo passa e envelhecemos. É possível viver maravilhosamente bem até mesmo na quarta idade, sem doenças e remédios.
E acreditar nisto ganha importância à medida que os anos passam. Reflete na estima, na segurança, na auto-imagem, na disposição de luta para enfrentar situações apresentadas como insolúveis.
Quando não há esperança, perde-se a produtividade e longevidade, e dispara o consumo de medicamentos e recursos freqüentemente escassos, sejam a nível público ou particular. Este modo de vida que quase todos tem atualmente, enrriquece poucos, à custa do empobrecimento da maioria.
Agora veja a importância de obter os indicadores de excelência de qualidade de vida anteriormente mencionados: se você não tiver males primários, também não desenvolverá os secundários e os terciários.
ANTIGAMENTE ERA ASSIM
O atual atendimento de saúde, serviria muito mais aos interesses da humanidade, caso fosse aquele do tempo de nossos avós. Cada família mantinha relacionamento próximo com seu médico, e as visitas aconteciam no próprios lares. Muita prosa e constância nos relacionamentos, aconteciam nos próprios lares, o que criava inúmeras vantagens: estabelecimento de laços afetivos, confiança e segurança emocional, maior acerto no diagnóstico, tratamento e acompanhamento do relacionamento pelo mesmo profissional, respostas mais às prescrições médicas, facilitando a recuperação e restauração plena do paciente, dentre outras.
MÉDICO DE QUARTEIRÃO
Há países que praticam esse tipo de medicina social domiciliar, semelhante ao de antigamente. Cuba, é o exemplo com maior destaque, inclusive pelas diferenças positivas nos indicadores de saúde pública.
Denominado médico de quarteirão, o profissional torna-se responsável por determinado número de pacientes, localizados em uma região geográfica pré estabelecida. Este sistema permite que além dos benefícios já apresentados quanto à recuperação do doente, somem-se àqueles relacionados especificamente ao estresse do médico. Seus deslocamentos são menores em quantidade e extensão, possibilitando conhecer de fato seus pacientes, e empreender metodologias didático preventivas junto à comunidade local.
NOSSA PROPOSTA
Quando tem algum problema de saúde, é comum o doente ingerir um remédio se o mal não for passageiro, ou procurar um médico. No consultório, diz o que está sentindo, e geralmente sai com um pedido de exames de laboratório ou receita de remédios.
Esse atendimento impessoal e rápido, impede que o paciente relate seus hábitos e estilo de vida ao profissional de saúde, que assim praticamente não tem possibilidades de curá-lo. Mais adiante, o mesmo retorna, reclama um pouco mais, e novamente recebe, sem maiores explicações, um pedido de exames de laboratório ou prescrição de remédios. Esta história pode repertir-se inúmeras vezes, tendo o mesmo final. Até que os sintomas, quase sempre causados por maus hábitos que não foram identificados, e inibidos, por diversos medicamentos combinados, revelem que algo mais grave exige providências urgentes: consumo crescente de remédios, além das despesas imprevistas que costumam desestabilizar qualquer orçamento. Este modelo de atendimento de saúde, deixa insatisfeitos o médico e o paciente. O profissional, apesar de sua honestidade e ideal, pode perder a credibilidade. O paciente, por não ser curado.
CAUSA E EFEITO
Embora muitos pacientes não desejem saber a causa de seus males, e considerem "bom" um médico que receite remédios para alívio rápido, quase sempre, essa metodologia de cura não interessa ao doente. E muitos médicos trabalham sob condições desumanas, obrigados a atender um número excessivo de pacientes, que inviabiliza o atendimento considerado ideal.
O paciente precisa ajudar-se, buscando informações, principalmente de natureza preventiva, como as causas de seus males, substituindo isto e aquilo, abandonando vícios, valorizando a relação de causa e efeito nas escolhas pessoais, incorporando outros alimentos ao cardápio habitual... E isto só é possível, com diálogo franco e aberto entre ambos. Estabelecidas estas condições, a saúde tem um campo mais favorável. Médico e paciente assumem a cumplicidade na busca dos resultados, e isto facilita atingir objetivos comuns.
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