Informações sobre empreendimentos florestais comunitários poderão ser transmitidos por 30 técnicos extensionistas do Instituto Paraense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-Pará) e do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor). Os profissionais participaram do curso Gestão de Empreendimentos Florestais Comunitários para Multiplicadores, organizado pelo Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor) do Serviço Florestal Brasileiro, com apoio da Unidade Regional do Distrito Florestal Sustentável da BR-163. Este e outros cursos de capacitação estão sendo viabilizados pelo Projeto BR-163 – Floresta, Desenvolvimento e Participação.
Esta fase da capacitação foi realizada a semana passada, de 22 a 26 de agosto, no Hotel Amazônia Boulevard, em Santarém. Mas, o curso, que engloba quatro módulos, abordou a regulamentação do trabalho na exploração de recursos madeireiros e não-madeireiros. Os profissionais ainda passaram pelo curso de manejo florestal no Instituto Floresta Tropical (IFT), em Paragominas. Para a terceira etapa, temas como o uso de óleos e sementes, foram esclarecidos para que pudessem ser transmitidos aos agricultores.
Neste quarto módulo são discutidas formas de organização como as características do associativismo e cooperativismo, tipos de gestão incluindo boas práticas de manejo florestal, além de aspectos do comportamento na relação entre técnicos e comunitários.
De acordo com Daniel Mendes, técnico do Serviço Florestal, hoje as capacitações e a organização para esses recursos florestais são obstáculos a serem superados. “Identificamos que muito se tem investido em técnicas de manejo florestal, mas a organização social também merece ser trabalhada”, destaca Mendes.
Dentre os projetos de empreendimento que deram certo na região, ele cita como exemplo a cooperativa Coomflona Tapajós (Cooperativa Mista da Flona Tapajós): “O exemplo mais vivo que tem dado certo, está a Coomflona Tapajós. Hoje, os agricultores que trabalham na cooperativa têm condições de comprar a sua moto, máquina de lavar, fogão, geladeira, tudo em virtude de uma boa gestão organizacional”.
Para Edson Rider, engenheiro florestal da Emater/Pará, participante do curso, a qualificação é uma grande oportunidade de ampliar a visão sobre o empreendedorismo florestal. “Tivemos contato com profissionais de outros ramos, estamos dialogando novas experiências. Acredito que a capacitação é fundamental para nossa atuação numa região que possui grande potencial para trabalhar o manejo florestal comunitário participativo”, disse Rider.
Os participantes receberam materiais didáticos e a apostila “Gestão de Empreendimentos Comunitários no Manejo Florestal”. O curso está sendo viabilizado pelo Projeto BR-163 – Floresta, Desenvolvimento e Participação, coordenado pelo Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente e conta com o apoio técnico e a gestão financeira da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (ONU/FAO Brasil) e recursos doados pela União Europeia. Entre os objetivos do Projeto BR-163, está a efetivação do primeiro Distrito Florestal Sustentável do País, o DFS da BR-163.
FONTE: Silvia Marcuzzo
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