foto: Prefeitura de Jundiaí
A febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato e causada por bactéria do gênero Rickettsia. A doença não é passada diretamente entre pessoas pelo contato. No Brasil, os principais vetores são carrapatos do gênero Amblyomma.
Segundo o Ministério da Saúde, normalmente a doença se manifesta de forma repentina, com um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: febre alta, dor na cabeça e no corpo, falta de apetite e desânimo. Em seguida é comum aparecerem pequenas manchas avermelhadas, que crescem e ficam salientes.
O quadro é agravado com náuseas e vômitos, diarréia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas. Nos casos mais graves, pode haver paralisia, começando nas pernas e subindo até os pulmões, o que pode causar parada respiratória.
Prevenção
A prevenção da febre maculosa é baseada em impedir o contato com o carrapato. Portanto, em locais onde haverá exposição ao bicho, algumas medidas podem ajudar a evitar a infecção, como usar roupas claras para ajudar a identificar o bicho; utilizar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramados; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta e usar repelentes de insetos.
Além disso, o Ministério da Saúde recomenda a remoção - com uma pinça - se um carrapato for encontrado no corpo; não apertar ou esmagar o bicho e, depois de removê-lo inteiro, lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de se contrair a doença.
Diagnóstico
Diagnosticar precocemente a febre maculosa é muito difícil, principalmente nos primeiros dias da infecção, já que os primeiros sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, entre outras. Mas o que é importante para o caso, segundo o Ministério da Saúde é se o paciente esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas onde possa ter sido picado por um carrapato.
O profissional de saúde deverá ainda solicitar exames para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.
Tratamento
Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa tem cura desde que o tratamento com antibióticos específicos seja administrado nos primeiros dois ou três dias da infecção. O medicamento deve ser administrado assim que surgirem os primeiros sintomas, mesmo sem o diagnóstico confirmado, já que ele pode demorar. Segundo o Ministério da Saúde, em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A terapêutica é empregada por um período de 7 dias, devendo ser mantida por 3 dias, após o término da febre.
Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito.
4 MANEIRAS DE SE PROTEGER CONTRA A FEBRE MACULOSA
1 - Proteja-se das picadas de carrapatos com roupas e repelentes. Use camisas de mangas compridas, calças compridas e sapatos fechados quando for para áreas rurais. Use repelente de insetos nas áreas com alta incidência de carrapatos, principalmente durante os meses quentes.
2 - Examine-se depois de perambular em áreas rurais. Verifique se existem sinais de carrapatos em sua pele e remova-os imediatamente após o contato. Em caso de dúvida quanto à contaminação, procure um médico e relate o episódio de exposição.
3 - Evite a exposição às aves selvagens e animais selvagens doentes. As aves migratórias são enormes veículos de propagação de doenças e cada contágio está intimamente ligado ao contato com animais doentes ou suas fezes.
4 - Se sentindo sintomas após a exposição a um animal, procure atendimento médico imediatamente. Febre maculosa pode causar sintomas como falta de ar, dor no peito, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. Se for diagnosticado precocemente, o tratamento é mais fácil e os resultados são melhores.
*Agência Brasil e Redação Bemzen
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