O número de crianças brasileiras ansiosas aumentou 60% nos últimos dez anos, de acordo com um levantamento realizado pelo Centro de Atendimento e Pesquisa de Psiquiatria da Infância e da Adolescência (Capia), da Santa Casa do Rio de Janeiro. No mundo todo, segundo a Associação Americana de Transtornos de Ansiedade, de 9% a 15% da população de 5 a 16 anos de idade sofrem desse mal. Porque essas crianças estão se tornando tão ansiosas, tão cedo? Para especialistas em Desenvolvimento Infantil, os estímulos recebidos na primeira infância (período de 0 a 3 anos de idade) ajudam a responder essa questão.
E se os estímulos são tão importantes no processo de desenvolvimento da criança, o ambiente familiar deve ser harmonioso e aberto ao diálogo. Os pais, ou responsáveis, precisam manter as crianças afastadas dos problemas, tais como brigas movidas por separações ou diferenças, questões financeiras, desequilíbrios emocionais etc. “As condições do início da vida têm um longo alcance para o comportamento do ser humano. Uma criança submetida a situações com forte carga de estresse ou ansiedade ficará marcada de alguma forma, carregará isso como parte da sua formação”, alerta a psicóloga Ely Harasawa, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.
A especialista informa que uma recente pesquisa apontou que evidências neurocientíficas demonstram que os primeiros anos, desde a concepção, definem a base para a vida, pois têm influência significativa no desenvolvimento do ser humano. Por isso, os pais ou responsáveis pelo desenvolvimento das crianças precisam ficar extremamente atentos aos cuidados educacional e emocional. “A quantidade e a qualidade dos estímulos que a criança recebe do ambiente em que cresce afetam seu desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial”, diz Ely. “Estes servirão de exemplo, como referência positiva ou negativa”, conclui a psicóloga.
FONTE: Ely Harasawa, psicóloga
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