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Alimentação Viva: Saiba mais sobre este movimento ecológico

Valorizar a vitalidade dos alimentos é a principal proposta da prática da Alimentação Viva.
A precursora de todo esse movimento ecologico é a Dra Ann Wigmore, que escreveu vários livros sobre o assunto na década de 80 e ficou conhecida ao popularizar o 'Estilo de vida da Alimentação Viva'. A partir dela, várias "escolas" foram criadas, constituindo-se um movimento chamado de Raw Food e Living Food.
Segundo a dra Ann, as sementes quando germinadas produzem grande quantidades de enzimas digestivas que facilitam o processo digestivo de todos os alimentos, além de potencializarem a energia vital em seu interior. Também os Sucos e os Alimentos Fermentados são fontes de enzimas digestivas e carregados de energia vital. Seu trabalho foi  especialmente dirigido para a cura.
Ter uma visão ampliada daquilo que nos mantém é super importante para a prática, por isso atividades físicas e de respiração, também estão envolvidas no processo. Há também experimentação na produção de alimentos aumentando o contato com o ambiente natural (horta) e as vivências em grupo favorecendo trocas de “alimento” humano e afetiv, para que se crie um ambiente favorável a saúde ainda que na zona urbana.


Vitalidade
 A VITALIDADE é a expressão da “Energia Vital” que está contida em todos os seres. Presente em tudo que nos cerca, procuramos viver o “modo de energia vital” no cotidiano  de nossas escolhas sejam do estilo de vida seja do alimento  que optamos. Através de palestras, conversas na mesa e trocas de informações, vamos criando a consciência desse modo de olhar a vida e com isso nos fortalecermos.
Na mesa, o alimento com maior vitalidade é o vegetal no início de seu crescimento e, por isso, as sementes germinadas e brotos constituem as bases da Culinária Viva.

Classificação dos alimentos segundo a vitalidade
Classificados por Edmond Székeli (médico e divulgador da Higiene Natural e do estilo de vida dos essênios), os alimentos podem ser agrupados segundo a energia vital como:
Biogênicos (que favorecem a geração da vida): sementes germinadas e brotos.
Bioativos (ativam a vida, por ainda manterem a vitalidade): frutas, legumes, verduras frescas e cruas.
Bioestáticos (mantém a vida): alimentos cozidos, congelados e refinados.
Biocídicos (consomem a vida): alimentos com produtos químicos ou radiações, conservantes e aromatizantes.  

Proposta culinária de Ann Wigmore

O programa culinário proposto por Ann Wigmore se baseia num conjunto de alimentos que facilitem a digestão, sem processamento pelo fogo e pelo resfriamento, mantendo a energia vital. Inclui vegetais frescos, maduros, orgânicos (quando possível),sementes germinadas e brotadas, desidratados e fermentados. Analisado e aprovado pela FDA (Food and drugs administration), a dieta ultrapassa em mais de 200% das necessidades nutricionais humanas determinadas pela organização.


Alimentação Viva no Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, os trabalhos sobre Alimentação Viva foram sendo adaptados inicialmente pela professora Ana Branco – Dep. de artes e design da PUC - Rio, que tem o mérito de associar a arte com a saúde, através do laboratório de pesquisas do Biochip . Ampliado posteriormente pelo grupo Terrapia, construiu-se uma parceria para fortalecer o caminho da Promoção da Saúde. Diferente de Ann Wigmore, o conhecimento foi aplicado a um experimento prático de promoção da saúde numa unidade de atenção básica. Aqui a cura deixou de ser o objetivo central e o estimulo a mudanças de hábitos passou a ser o foco. Inclui a observação do ser humano como parte da rede viva e o cuidado com o corpo, a nossa maior contribuição ambiental. Lembramos que a desmedicalização por si só é um resultado que contribui para a preservação do solo e das águas. O resultado desses trabalhos está marcado pela ampla divulgação realizada em diferentes grupos populacionais na cidade.
 No Brasil, devido à diferença climática, cultural e social, além de contarmos com uma imensa variedade de alimentos, foi exigido de nós a readaptação dos trabalhos de Ann Wigmore, gerando com isso uma culinária viva brasileira. Assim podemos hoje afirmar que no Rio de Janeiro nós temos um jeito bem próprio de criar receitas vivas!


Proposta do Terrapia
Na prática consideramos o ato de comer como uma forma de cuidar do corpo e também um ato social. Isso difere dos hábitos culturais, que são primeiramente atos sociais, orientados pelo prazer, isto é, condicionamentos influenciados pelo ambiente em torno, pela forma como foram introduzidos, carregados de afetos, situações econômicas, facilidade de acesso etc. Por isso, a Alimentação Viva tem sido chamada também de “Alimentação Consciente”.

 

Saiba mais em: www.ensp.fiocruz.br/terrapia

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