Da Redação Bemzen
Com a chegada da primavera, algumas doenças costumam se manifestar com mais frequência. De acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os casos de rinite e conjuntivite são os de maior incidência. Segundo dados da universidade, o pólen das flores se desprende e se propaga no ar, facilitando sua inalação, o que pode causar irritações e, consequentemente em conjuntivite e rinite alérgica, por exemplo.
De acordo com a SOMAR Meteorologia, as Regiões do Brasil não apresentam as mesmas características climáticas durante a primavera, desta forma, a rinite não se manifesta igualmente em todo país. Nos Estados, por exemplo, onde as quatro estações do ano são mais bem definidas, é mais fácil verificar essa situação. A Unifesp ainda detectou que há um aumento no número de casos de catapora também costuma ser notado no país nesse período. Características biológicas do vírus da doença fazem com que ele se prolifere mais rapidamente em tempo quente.
Além disso, como o tempo fica mais chuvoso na primavera, é comum a propagação de doenças que podem surgir após o contato com a água contaminada, como a leptospirose. Segundo médicos da Unifesp, a principal medida é evitar andar com os pés descalços e entrar em contato com água de enchente. Ainda sim, se não for possível não evitar o contato com a área alagada, é recomendado que as pessoas procurem um médico, que pode prescrever um antibiótico. O risco da dengue também cresce, uma vez que a elevação da temperatura após o período chuvoso favorece o desenvolvimento das larvas do mosquito transmissor da doença.
Alergias respiratórias incomodam na estação das flores
A primavera não é apenas a estação mais florida do ano. É também um período marcado por crises alérgicas mais agressivas, em função da polinização das árvores floríferas e da inversão térmica. ?É importante prestar atenção aos sintomas que surgem da combinação entre dias muito chuvosos e outros com baixíssima umidade do ar. As alergias respiratórias são altamente incômodas e podem persistir até a virada do ano. Normalmente, os sintomas mais comuns incluem coriza e coceira no nariz, assim como irritação na vista e sensação generalizada de mal-estar, diz o pneumologista do Hospital Santa Paula, João Geraldo Simões Houly.
Houly chama atenção para resfriados que se prolongam por mais de uma semana, presença de secreções esverdeadas, tosse persistente e reclamações constantes de dores de cabeça, já que podem indicar um quadro de sinusite e evidenciar a necessidade de tratamento específico. A doença também costuma prejudicar a respiração noturna, fazendo com que se durma de boca aberta?, diz o especialista.
O especialista revela cinco dicas para prevenir crises alérgicas*
1.Dias mais quentes são ideais para mandar edredons, tapetes e cobertores de lã à lavanderia. Na volta, eles devem permanecer guardados enquanto estiver calor e não forem necessários, já que são fonte permanente de poeira e ácaros;
2.Cômodos acarpetados devem ser limpos com aspirador de pó diariamente. Aliás, a rotina de limpeza da casa em que habitam pessoas alérgicas deve ser sistemática;
3.O lixo nunca deve permanecer dentro de casa. Além disso, os ambientes devem estar sempre arejados;
4.Quando o clima apresentar baixos índices de umidade relativa do ar deve-se recorrer a um aparelho umidificador. Na impossibilidade de se adquirir o equipamento, a melhor opção é colocar bacias com água limpa em todos os dormitórios durante a noite para garantir um sono mais tranquilo;
5.Plantas naturais jamais devem permanecer nos quartos ? principalmente de pessoas alérgicas, doentes e crianças.
(*)Fonte: Dr. João Geraldo Simões Houly, médico pneumologista do Hospital Santa Paula
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