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Você é viciado?: Como saber a hora de pedir ajuda

Os chamados vícios modernos são distúrbios cada vez mais frequentes e vão além do consumo abusivo do álcool ou outras drogas. Entre eles estão o uso de drogas, os jogos compulsivos, o consumismo e a fixação em relações amorosas, entre outros. “Não basta perceber que se está bebendo muito ou usando demais o computador. É necessário tentar compreender se a relação com objeto está interferindo na vida de um modo geral”, afirma a psicóloga Rafaela Paixão, do CPPL, esclarecendo que o que caracteriza o quadro de dependência é o tipo de relação que a pessoa estabelece com o objeto do vício.

Assim, a dependência química e as não químicas podem ser consideradas doenças pelo modo como afetam a vida do indivíduo. Alguns estudos, por exemplo, apontam para uma predisposição orgânica associada às diferenças culturais e subjetivas, que contribuem para produzir um quadro de dependência. “A dependência é tratável, mas não há uma causa única que o determine”, explica Rafaela.

Segundo a profissional, é preciso estar atento aos sinais da dependência e considerar os prejuízos vividos pela pessoa que começa a apresentar uma relação problemática. Para ajudar na identificação do problema, Rafaela separou algumas questões (abaixo) que podem contribuir no reconhecimento dos sinais de dificuldades.

Em caso afirmativo para a maior parte delas, é necessário procurar ajuda. Neste caso, a especialista recomenda recorrer a psicoterapias individuais ou em grupo. “As reuniões em grupo podem ser um importante aliado para o tratamento”, diz Rafaela Paixão, que ressalta a importância de que as situações sejam analisadas caso a caso.
 
 
Questionário:
1. Apresenta desconforto psíquico e/ou emocional na ausência do objeto?
 
2. Deixa de fazer coisas e estar com pessoas para fazer uso?
 
3. Sente que não tem controle e repete sem conseguir parar?
 
4. Já teve prejuízos no trabalho, como atrasos e faltas?
 
5. A sua relação com o objeto é motivo de desentendimento nas relações afetivas?


Fonte: Rafaela Paixão, psicóloga

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