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Astrologia e destino: Como sua vida é traçada

Por Paula Guerra* ([email protected])

 

Muitas pessoas discutem hoje se existe um destino pré-concebido no mapa astrológico de uma pessoa. Estamos num momento de evolução cultural e social em que é impossível aceitar o determinismo em qualquer de suas facetas, então a Astrologia passa a ser olhada como uma superstição medieval.

Considerando que o mapa astrológico é “criado” (melhor seria dizer incorporado) no momento da primeira respiração de um ser humano, e que a interpretação dele realmente define as características físicas, de personalidade e até mesmo as progressões (previsões) são possíveis a partir dele, como declinar da ideia de determinismo, da ideia de “destino”?

Nestes anos em que passei ensinando Astrologia, confesso que aprendi muito mais do que ensinei, porque através do reflexo das mentes e do entendimento dos alunos pude formar uma imagem melhor e mais fiel dos conceitos que eu mesma transmiti a eles.

A melhor maneira de se entender o mapa astrológico e o alcance de suas determinações sobre a vida do individuo é compará-lo a uma semente. Goethe definiu magistralmente o significado da semente e das metamorfoses pelas quais as plantas passam, em seu livro, que aparentemente fala sobre Botânica, mas acaba sendo a tradução da vida dos homens.
São dele as frases: “Na semente adormecida se encontra toda uma árvore, e todas as árvores que dela descenderão” e "Há momentos que contêm em si o potencial de uma vida toda.”

 

Da mesma maneira que uma semente contém em si uma árvore potencial, também o mapa astrológico contém em si um ser humano em potencial. A semente precisa encontrar um solo e condições para germinação, e assim também precisa o ser humano: não adianta uma pessoa ter em seu mapa a facilidade para artes, se no ambiente em que for criada nunca tiver nenhum contato ou oportunidade de desenvolver estes talentos.

Assim como a semente, que carrega em si o código genético de uma determinada árvore, um mapa astrológico carrega em si um código que permite desabrochar um determinado tipo de ser humano, com qualidades e defeitos bem definidos. Porém, da mesma forma que a semente desabrochada pode encontrar mais ou menos luz e água ao seu dispor, e desta forma gerar uma árvore mirrada ou grandiosa (as sementes iguais não produzirão nunca árvores exatamente iguais), as pessoas podem desenvolver mais, ou menos, os potenciais dos seus mapas conforme o meio onde estão e as escolhas que fizerem a cada passo da vida (e mapas iguais nunca produzirão vidas exatamente iguais). É triste ver que pessoas que seriam sementes de imensas figueiras podem se tornar um bonsai mal acabado quando criadas num ambiente de cortes, carência de nutrição intelectual e privação espiritual.

 

As pessoas podem desenvolver mais, ou menos, os potenciais dos seus mapas conforme o meio onde estão e as escolhas que fizerem a cada passo da vida.



O determinismo, portanto se resume ao tipo geral do resultado final da formação e vida deste ser humano, e não à forma como ele vai viver cada passo da vida. Isto torna mais fácil entender como pessoas que são os chamados “gêmeos astrológicos” (nascidas no mesmo momento e no mesmo lugar), podem viver vidas diferentes em termos de profissão, casamento, evolução social e crenças. Cada uma delas é uma alma única, que embora tenha dentro de si o mesmo código de programação da outra, faz escolhas diferentes que levam a realidades de vida diferentes, embora matizadas pelos mesmos talentos e defeitos.

Da mesma maneira que uma árvore produz milhares de sementes, das quais apenas algumas germinarão, o código “natal” do mapa astrológico tem milhares de possibilidades, e apenas aquelas que a alma encarnada nele escolher germinarão e darão frutos proporcionais à força investida nesta germinação.

Seguindo a analogia tendo em vista as fases de vida da semente, dependendo da época e local em que ela germina se estabelecem ciclos de crescimento, reprodução e florescimento. No mapa astrológico de uma pessoa, dependendo de escolhas que ela faz em épocas importantes da vida, se estabelecem ciclos que contêm a mesma natureza das arvores: crescimento, florescimento e frutos.

Isto faz do astrólogo consciente uma espécie de “geneticista” que procura desenvolver as melhores sementes dos seus clientes, sabendo qual é o ambiente onde a árvore dele está plantada e que ciclos estão ocorrendo na vida dele naquele momento.

Que semente você vai plantar, onde vai planta-la e como vai cuidar dela para que se torne a melhor árvore possível dentro de seu código genético?


Para usar outra analogia mais moderna, imagine que cada pessoa nasce com um software único, que é o seu mapa astrológico. Este software seria mais ou menos como o código genético que já nasce embutido nas sementes. Digamos que no mundo, naquele dia, devido a variações de latitude, longitude e hora, nascerão mais outras cinco ou seis pessoas com um software muito semelhante ao dela. Para efeito de exemplo, digamos que este software é um processador de texto.

Ao final de cinco décadas, destas seis pessoas, duas usaram o processador de texto apenas enquanto estavam em formação escolar, e daí em diante viveram suas vidas baseando escolhas e resultados nas possibilidades dos poucos parágrafos, letras e regras deste software que haviam aprendido a usar.

Outras duas usaram o processador de texto e suas varias possibilidades até terminarem suas formações acadêmicas, uma em medicina a outra em engenharia, e passaram a vida lendo, escrevendo e processando informações técnicas de suas áreas através dele.

Uma quinta pessoa continuou aprendendo a manusear o processador de texto sua vida toda e aprendeu novas linguagens, modos de expressão e de publicação que formaram opiniões e esclareceram a outros que as liam.

Mas a sexta pessoa, esta usou o seu software para aumentar e disseminar o brilho das suas ideias e sementes interiores únicas. Escreveu livros, novelas, novas teorias e leis, e fez com que as sementes que plantou e regou com este software crescessem e se tornassem árvores que sustentam a civilização e fazem o mundo em volta melhor.

Como você vai usar o seu software?  Você está aproveitando tudo que ele lhe permite fazer? 
Você está investindo mais nas facilidades ou nas limitações dele?

 

*Paula Guerra estuda Astrologia desde 1993, cursou Faculty of Astrological Studies (FAS), na Inglaterra. Também é rosacruz e há 15 anos palestra sobre os temas alquimia, esoterismo, radiestesia, geometria sagrada, kabbalah, espiritualidade, shamanismo, busca espiritual, neurolinguistica e outros.

 

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Comentários

  1. #1
    Victor
    22/09/2010 15:25

    Eu de novo mamãe!!! TE AMOOOOO!!!! To sempre seguindo você! :D

  2. #2
    terezinha
    22/09/2010 21:14

    Irmã Paula, eu adora astrologia mas aprendi ,mas foi bastante para dar valor a minha querida pro... adorei seus comentarios de tanta sabedoria ,por isso conssidero minha eterna e amada professora um grande beijo...

  3. #3
    maria manoela
    08/10/2010 09:54

    eu aprendo muimto com vc adoro bjsssssss

  4. #4
    angela cristina da silva gomes
    20/10/2010 13:31

    eu nao entendo muito mais tenho curiosidade bjos.

  5. #5
    Eliana Mara Denucci
    18/05/2011 18:37

    Estava justamente procurando uma explicação sobre destino.Gostei muito,sou uma ariana.Já investi muito nas facilidades, hoje estou nas limitações, muito cruel. Você a de concordadar,que algum momento na vida temos que abraçar as limitações.Adorei

  6. #6
    lorana
    20/04/2012 19:46

    meu destino da vida eos meus amores!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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