Doenças de pele: Proteja-se!
Não existem doenças dermatológicas que aparecem só no inverno, mas sim as que pioram classicamente com o inverno.
Um dos problemas de pele mais comum que pioram no inverno é o eczema asteatósico, segundo o dermatologista Cristiano Tárzia Kakihara, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e médico voluntário do Departamento de Dermatologia da Universidade Federal de São Paulo. Tratam-se de lesões de pele elevadas, vermelhas, que podem ser descamativas, dolorosas ou causarem coceira. Costumam acometer qualquer parte do corpo. Muitas vezes simula outras doenças, como micose, alergias, psoríase entre outras.
O diagnóstico pode ser feito pelos aspectos das lesões, pela história dos pacientes e por biópsia - retirada de um pedacinho pequeno da lesão para análise no microscópio. Recomenda-se usar com menos frequência possível sabonetes em áreas desnecessárias e aumentar o uso de hidratantes.
E o segundo é provocado pelo ressecamento da pele, que é normal nesta época do ano, pois as temperaturas mais baixas levam à diminuição da transpiração corporal e os banhos quentes são mais frequentes, ato que remove a oleosidade natural da pele, diminuindo o manto (cobertura) lipídico que retém a sua umidade. Estes dois fatores faz com que a pele fique mais seca e piorando doenças como psoríase, dermatite atópica e dermatite seborreica.
Já o terceiro grande problema é a piora das micoses. Como as pessoas usam sapatos fechados com maior frequência por causa do frio, os pés ficam mais abafados e os quadros de micose podem se alastrar. Assim, sugere-se usar, ao menos em casa, chinelos ou sandálias, para diminuir as horas de abafamento e, ao qualquer sinal suspeito de micose, procurar logo um dermatologista.
Por fim, o quarto problema muito comumente observado é alergia, por uso de cosméticos muito alergenizantes - sobretudo hidratantes com essências. Com o intuito de diminuir a secura, muitos pacientes usam estes produtos em excesso e acabam ficando expostos a uma carga muito alta de substâncias alergenizantes. Sugere-se, portanto, o uso de cosméticos hipoalergênicos.
Qualquer anormalidade cutânea procure um dermatologista para uma avaliação detalhada.
Por Dermatologista Dr. Cristiano Kakihara
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