Quando a vagina cai: conheça a condição que atinge 20% das mulheres
Gestação e menopausa agravam o prolapso genital, flacidez dos músculos pélvicos que pode causar a queda das paredes da vagina
Saiba por que as loiras têm mais risco de apresentar prolapso
Especialistas enumeram sete dicas sobre a condição, prevenção e tratamento
A flacidez da pele e músculos é um inimigo que muitas mulheres lutam com o passar do tempo. Exercícios, massagem, drenagem, cremes e alimentação equilibrada são alguns dos artifícios que muitas adotam para retardar os efeitos do envelhecimento. Mas quando a flacidez é interna, atingindo os órgãos pélvicos e a vagina? A condição conhecida como prolapso genital atinge 20% das mulheres com mais de 40 anos e torna-se cada vez mais comum entre a população feminina. “Com a maior expectativa de vida da população, o prolapso genital passa a ser uma preocupação para as mulheres após a menopausa. Vamos ter cada vez mais casos e ouvir bastante sobre a condição”, explica o urologista norte-americano Willy Davilla, que veio ao Brasil para congresso sobre o tema.
O prolapso genital é o deslocamento de órgãos como útero, bexiga, reto, intestino delgado e uretra e ocorre pelo enfraquecimento dos músculos da região pélvica, que podem cair sobre a vagina. Além de desconforto durante a relação sexual, nos casos mais graves o prolapso causa a sensação de que há uma saliência na vagina, como se fosse uma bola. “A doença causa grande impacto na vida da mulher, além de desconforto e perda da qualidade sexual. Como comumente o prolapso vem associado à incontinência urinária, piora ainda mais a qualidade de vida”, explica a ginecologista e especialista em prolapso genital, Andreia Mariane de Deus, do Hospital Evangélico de Sorocaba (SP). A ginecologista explica que o prolapso genital está associado a fatores como idade, partos e questões genéticas. “O envelhecimento está diretamente relacionado à frequência de prolapso genital”, explica.
Veja abaixo sete dicas sobre a condição, prevenção e tratamento:
Dica 01 - A sensação de um peso ou bola na vagina é o sintoma mais comum do prolapso. Algumas vezes a mulher pode palpar ou mesmo ver a profusão dos órgãos pela vagina, em casos mais severos.
Dica 02 – O prolapso pode ser de compartimento anterior (bexiga), compartimento apical (útero, parede da vagina e intestino) ou posterior (reto). É possível ter prolapso em mais de um lugar ao mesmo tempo.
Dica 03 – O prolapso genital está associado, principalmente, à idade e ao número de gestações. Estudos mostram que, a cada década de vida, dobra a chance da mulher apresentar o prolapso genital.
Dica 04 – Alguns fatores genéticos também influenciam a presença da doença. Mulheres loiras, por exemplo, correm mais risco de apresentar prolapso, por terem menos colágeno na constituição do corpo. No entanto, reposição de colágeno não previne a doença.
Dica 05 – Em relação aos partos como causa de prolapso e incontinência urinária, uma boa assistência obstétrica ajuda na prevenção da doença.
Dica 06 – Em casos mais leves, exercícios pélvicos podem ajudar. Quando a flacidez é severa, a única solução pode ser uma cirurgia, que “fixa” os órgão internos, muitas vezes com auxílio de uma tela sintética especial.
Dica 07 - Hoje há cirurgias minimamente invasivas, seja por via vaginal ou abdominal para o tratamento dos prolapsos. Um dos tratamentos mais modernos para a condição é uma tecnologia chamada de Elevate, que possibilita uma cirurgia mais rápida e pouco invasiva com apenas uma incisão vaginal, e utiliza telas sintéticas para corrigir prolapsos mesmo que severos e previnem a volta da doença após o tratamento.
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