Dieta refere-se aos hábitos alimentares individuais. Cada pessoa tem uma dieta específica (saudável ou não). Cada cultura costuma caracterizar-se por dietas particulares. Contudo, popularmente, o emprego da palavra "dieta" está associado a uma forma de conter o peso e/ou manter a saúde em boas condições.
Para seguir uma dieta, convém consultar um médico ou nutricionista, a fim de conhecer a dieta adequada ao seu organismo.
A escolha de alimentos certos na proporção correta, bem como a prática de exercício físico com orientação de um especialista, evitando uma vida sedentária, são considerados fatores essenciais para a manutenção da saúde. Uma "dieta" restritiva e que não tenha em conta as necessidades do organismo poderá ter efeitos desastrosos. Por isso, uma adequada avaliação nutricional individual evita desequilíbrios na dieta que podem levar a problemas de saúde, tais como deficiências nutricionais específicas ou calórico-protéicas e o excesso de peso ou obesidade. também, ter uma vida saudável não é fazer apenas dieta, é não ter uma vida sedentária.
Os programas alimentares mais conhecidos podem ser divididos em:
Dietas de desintoxicação têm como objetivo eliminar toxinas do corpo: ao limpar o cólon, podem melhorar o sistema circulatório, reforçar o papel do fígado no processo de eliminação de excretas ou direcioná-las a outros órgãos específicos do corpo. O programa alimentar pode incluir ervas e suplementos. Especialistas neste tipo de dieta recomendam que os pacientes se submetam a ela no máximo três vezes por ano. Entretanto, não há comprovações científicas de como elas atuam no organismo.
Dietas de restrição ao glúten são indicadas apenas para pacientes de doença celíaca – condição na qual o glúten provoca uma reação imunológica anormal no corpo. Os potenciais benefícios da restrição ao glúten em crianças com autismo ainda são motivo de discussões no meio científico. Dietas de restrição ao açúcar e carboidratos com alto índice glicêmico são dirigidas a diabéticos e pré-diabéticos, que devem reduzir os níveis de açúcar no sangue. Dietas com restrição de lactose ou de alimentos específicos como o amendoim ou frutos do mar previnem reações em indivíduos que apresentam alergias específicas.
Dietas de combinação partem do princípio de que o que importa não é a qualidade, nem a quantidade. É a combinação certa de alimentos que evita que toxinas sejam liberadas por meio dos processos fermentativos. Assim, comidas ácidas não devem se misturar a carboidratos durante a digestão. Dietas macrobióticas incorporam princípios ayurvédicos de combinação de alimentos, baseando-se nas propriedades do yin e yang. De acordo com seus idealizadores, o ideal é que a pessoa abandone gradativamente o consumo de carnes e opte por cereais integrais, legumes e outros produtos cultivados localmente.
Dietas ortomoleculares pretendem restaurar o equilíbrio bioquímico do organismo pela ingestão correta dos alimentos, com todos os nutrientes. Incluem a substituição de produtos industrializados por frescos, alimentos proteicos com baixo teor de gordura e proibição da carne vermelha e gema de ovo. A última refeição do dia não pode incluir carboidratos simples. Pode recomendar o uso de suplementos de vitaminas e minerais.
Dietas vegetarianas têm a carne, especialmente a vermelha, como alimento proibido. Podem ser divididas basicamente em três: as que incluem alimentos derivados de animais, como ovos, leite e laticínios; as que incluem carnes brancas e os derivados de animais, e as que rejeitam todos os tipos de carne e derivados.
Dietas mediterrâneas dão ênfase ao consumo de azeite de oliva, inspiradas na comida típica de alguns países como Grécia, Espanha e Portugal. Muitos vegetais, legumes, temperos e ervas, sementes, peixes, frutos do mar e vinho formam o cardápio. A ingestão moderada de gorduras, principalmente as saturadas, associadas ao ômega 3, ômega 6 e vitaminas é comprovadamente uma forma de reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares e até o Alzheimer.
Dietas das proteínas, como a famosa “Dieta do Dr, Atkins”, restringe o consumo de carboidratos de forma drástica: nem mesmo a ingestão de derivados é aceita nas primeiras semanas do programa. Embora seja uma maneira rápida de perder peso, não leva em consideração a qualidade ou a quantidade do que é consumido. A Dieta de South Beach, por sua vez, contempla todos os grupos alimentares tendo em vista a redução do colesterol ruim e do triglicérides, dando ênfase ao consumo de proteínas e alimentos integrais e evitando massas, doces e frituras.
Dietas dos pontos se baseiam no incentivo, com base no programa adotado pela organização Vigilantes do Peso: uma pessoa segue uma tabela com os tipos de alimentos e deve consumir apenas a cota estipulada para aquele dia, de acordo com suas características físicas (altura, idade, sexo e prática de exercícios). Cada ponto corresponde a aproximadamente 3,5 calorias. Entretanto, é preciso cuidar para que o programa não leve a uma alimentação desbalanceada.
Curiosidades
Para emagrecer, muitas pessoas se distanciam de alimentos naturais que consideram “gordurosos” ou “oleosos” demais. Mas isso, indicam estudos, é uma má ideia. As nozes, por exemplo, preparam o corpo para lidar com o estresse, reduzem a pressão e o colesterol, fortalecem o sistema imunológico (inclusive contra o câncer), músculos e ossos, suavizando os efeitos da menopausa também. O abacate previne e reduz colesterol e triglicérides, beneficia articulações e evita doenças degenerativas, autoimunes e alergias.
Dietas ricas em proteínas podem ser prejudiciais para mulheres que já entraram na menopausa. De acordo com uma pesquisa norte-americana, este tipo de programa alimentar pode estar associado ao aumento da perda da densidade óssea – justamente em um período favorável ao surgimento da osteoporose. Além disso, o consumo exagerado de metionina (encontrado em carnes vermelhas, peixes e ovos, por exemplo) pode aumentar o risco para o Alzheimer.
Se o intuito é emagrecer, nada melhor do que a combinação de uma alimentação balanceada e exercícios físicos regulares. Quando uma pessoa começa um regime, o organismo aciona um mecanismo de compensação: quanto menos você come, menor o seu metabolismo. Isso significa que fechar a boca, apenas, pode não fazer diferença significativa na balança. É necessário induzir as células do seu corpo a trabalharem mais, aumentando a circulação e a oxigenação do sangue.
Diversas dietas tornaram-se populares nas últimas décadas, algumas passageiras, outras polêmicas e outras com maior comprovação científica. Exemplo de dietas:
Dieta de Atkins. Restrição radical ao consumo de carboidratos, ou seja massas, doces, açúcares, e até mesmo frutas e verduras.
Num período de 15 dias, a alimentação não pode ultrapassar a ingestão diária de 20g de carboidratos. A dieta é restrita à proteinas animais, ovos, peixes, frutos do mar. Esse período é recomendado para induzir o metabolismo à cetose e prepará-lo para a fase mais prolongada da dieta.
Perda de peso constante
Esta etapa é o período mais longo e que vai proporcionar o emagrecimento, Atkins introduz queijos amarelos, creme de leite e alguns tipos de nozes com moderação. Atkins sugere uma maior ingestação de verduras. Aconselha a evitar cafeína e aspartame (café, coca-cola zero).
Pré-Manutenção
Quando o peso desejado for atingido, o limite de carboidratos sobe para 100g o que permite comer pães e leguminosas. O objetivo desde período é preparar a pessoa para a manutenção.
Manutenção
No período final, a pessoa vai encontrar um ponto de equilíbrio de quanto pode ingerir de carboidratos, esse valor varia de 200g a 500g. Atkins recomenda a vigilancia mensal do peso, e sugere que mais carboidratos poderão ser ingeridos com a prática de exercícios físicos.
Vitaminas e sais mineirais
A ingestão de multivitamínicos é essencial para o sucesso da dieta. Atkins sugere multivitamínicos de alta potência e selênio.
Dieta de South Beach.
Restrição total de carboidratos em seu início, evoluindo com restrição parcial, permitindo carboidratos ricos em fibras.
A dieta de South Beach é uma dieta iniciada na praias do sul da Flórida, especificamente em Miami, pelo cardiologista Arthur Agatston, que enfatiza o consumo de bons carboidratos e boas gorduras.
A dieta é iniciada com um corte radical de carboidratos nas primeiras semanas, seguido pela reintrodução gradual, mas priorizando carboidratos de absorção lenta, ou seja de baixo índice glicêmico tais como:
Grãos
Pães e massas integrais
Frutas
Feijão, soja, ervilha e lentilhas
Verduras
E evitando ao máximo carboidratos de alto índice glicêmico:
Açúcar
Doces
Massas e pães de farinha branca
Mandioca e batata
Dieta sanguínea
Dieta sanguínea, ou dieta do tipo sanguíneo foi desenvolvida pelo médico naturopata Peter J. d'Adamo e publicada em seu livro "Eat right for your type" (Alimente-se corretamente de acordo com seu tipo de sangue), publicado em 1996 nos Estados Unidos da América.1 O consenso entre dietistas, fisiólogos, e científicos é que a teoria não está apoiada por evidências científicas.
Basicamente, esta dieta segue a premissa de que cada grupo sanguíneo (A, B, AB e O) deve ingerir alimentos específicos.2 Para cada grupo sanguíneo, os alimentos podem ser classificados como:
Benéficos: alimentos que previnem e tratam doenças;
Neutros: alimentos que não previnem doenças, porém, também não prejudicam à pessoa;
Nocivos: alimentos que podem agravar ou causar danos à pessoa.
Sangue tipo O
São carnívoros com aparelho intestinal forte e necessitam comer proteínas animais diariamente, caso contrário, estão propensos a desenvolver doenças gástricas como úlceras e gastrites devido à alta produção de sucos gástricos.
Alimentos benéficos
Carnes: bovina, ovina, vitela, cordeiro
Peixes: bacalhau, badejo, sardinha, linguado, salmão
Laticínios: queijo de leite de cabra, queijo de soja
Frutas: ameixa, nozes, figo, semente de abóbora
Verduras: batata-doce, couve, quiabo, cebola, abóbora, brócolis, espinafre, alface romana, acelga, salsa
Cereais: pão de trigo germinado (pão-dos-essênios)
Outros: azeite
Alimentos neutros
Carnes: frango e peru
Peixes: atum, camarão, lagosta
Laticínios: muçarela, manteiga, minas frescal
Frutas: noz-pecã, castanhas, avelã, pinha
Verduras: berinjela, abobrinha, agrião, inhame, repolho
Cereais: farelo de arroz, arroz, centeio, tapioca, aveia
Outros: óleo de canola
Alimentos nocivos
Carnes: suína
Peixes: caviar, salmão defumado, polvo
Laticínios: creme-de-leite, iogurte, leite (integral ou magro), a maioria dos queijos, sorvete
Frutas: laranja, morango, coco, amora, amendoim, castanha-do-pará, pistache, castanha-de-caju, abacate
Cereais: trigo e milho
Outros: óleo de milho, óleo de amendoim
Sangue tipo A
São vegetarianos com aparelho intestinal sensível e têm dificuldades para digerir proteínas de origem animal, pois sua produção de suco gástrico é mais limitada.
Alimentos benéficos
Peixes: bacalhau, salmão vermelho, salmão, sardinha, truta
Laticínios: tofu
Frutas: abacaxi, ameixa, cereja, figo, limão, amora, damasco
Verduras: abóbora moranga, alface romana, acelga, brócolis, cenoura, alcachofra, cebola
Cereais: farinhas de centeio, arroz, soja e aveia, pão de farinha de soja
Outros: alho, molho de soja, missô, melaço de cana, gengibre, chá verde, café, vinho tinto
Alimentos neutros
Carnes: frango e peru
Peixes: atum, pescada
Laticínios: iogurte, mozarela, ricota, iogurte com frutas, coalhada, minas frescal
Frutas: melão, passas, pêra, maçã, morango, uva, pêssego, goiaba, quivi
Verduras: agrião, chicória, milho, beterraba
Cereais: fubá, flocos de milho, cevada
Outros: açúcar branco, chocolate, alecrim, mostarda seca, noz-moscada, manjericão, açúcar mascavo, orégano, canela, hortelã, salsa, sálvia
Alimentos nocivos
Carnes: bovina, ovina, suína, cordeiro, pato, vitela
Peixes: mexilhão, lagostim, salmão defumado, caviar, ostra, lagosta, camarão, caranguejo.
Laticínios: creme-de-leite, sorvete, leite magro e integral, manteiga, requeijão
Frutas: caqui, carambola, coco
Verduras: repolho, tomate, inhame, batata, berinjela, batata-doce
Cereais: Creme e germe de trigo, farinha de trigo integral, pão-preto, pão integral, farinha branca, granola
Outros: alcaparras, gelatina pura, pimenta em grão, vinagre, cerveja, licor, chá-preto, refrigerante, destilados
Sangue tipo B
Podem tolerar dieta mais variado e o único tipo de sangue que tolera bem laticínios em geral.
Alimentos benéficos
carnes:
Peixes: bacalhau, salmão, linguado, badejo, caviar, sardinha
Laticínios: iogurte, muçarela, coalhada, leite, queijo, ovos, ricota
Frutas: abacaxi, bananas, mamão, uvas, ameixa fresca
Verduras e legumes: batata-doce, cenoura, berinjela, inhame, beterraba, brócolis, couve, repolho
Cereais: arroz integral, aveia integral
Outros: gengibre, salsa, açafrão, hortelã, pimenta, ginseng, sálvia
Alimentos neutros
Carnes: bovina, peru, vitela
Peixes: arenque, truta, atum, lula
Laticínios: leite soja, queijo parmesão, queijo soja, manteiga, requeijão, leite integral
Frutas: morango, laranja, quiwi, passas, pêra
Verduras: abóbora, agrião, alface, acelga, aipo, espinafre
Cereais: granola
Outros: café, vinho branco, cerveja, chá-preto, chá de amora, hortelã, camomila, cogumelos
Alimentos nocivos
Carnes: frango, pato, suína
Peixes: lagosta, camarão, anchova, caranguejo, polvo, ostra, mexilhão
Laticínios: queijo fundido e roquefort, sorvete com leite
Frutas: caqui, carambola, coco
Verduras: alcachofra, azeitonas, tomate, broto de feijão, milho verde
Cereais: farinha de trigo, milho, centeio
Outros: canela, maisena, pimenta branca e do reino, gelatina pura, refrigerantes, bebidas destiladas
Sangue tipo AB
Necessitam de uma dieta equilibrada contendo um pouco de tudo.
Alimentos benéficos
Carnes: ovina, coelho, cordeiro e peru
Peixes: atum, bacalhau, cavala, sardinha, garoupa, truta
Laticínios: coalhada, iogurte, muçarela, ricota, queijo cottage
Frutas: abacaxi, ameixa, cereja, figo, limão, quivi, uva, framboesa
Verduras: aipo, alho, beterraba, berinjela, brócolis, couve-flor, pepino
Cereais: arroz, farinha de centeio, de trigo, aveia
Outros: curry, alho, missô, gengibre, camomila
Alimentos neutros
Carnes: faisão, fígado
Peixes: arenque, linguado, carpa
Laticínios: leite e queijo de soja, leite desnatado, requeijão
Frutas: ameixa seca, pêra, passas, mamão, maçã, pêssego
Verduras: broto de bambu, cebolinha, escarola, agrião, vagem
Cereais: cevada, germe de trigo, granola
Outros: açafrão, mel, açúcar, melaço, chocolate, vinho
Alimentos nocivos
Carnes: bovina, suína, frango e vitela
Peixes: anchova, camarão, caranguejo, lagosta, linguado, ostra, mexilhão, siri
Laticínios: leite integral, creme-de-leite, parmesão, brie, provolone, roquefort, manteiga
Frutas: banana, caqui, goiaba, laranja, manga
Verduras: alcachofra, milho verde, nabo, pimentão, rabanete
Cereais: farinha de cevada, de milho, trigo sarraceno, cereais matinais, amido de milho
Outros: alcaparras, tapioca, vinagre, mel de milho, anis, maisena, malte de cevada, pimenta do reino e vermelha.
*Redação Bemzen com Wikipedia
Obrigado! Seu comentário foi enviado
Oops! Algo de errado aconteceu ao enviar seu comentário :(