As dietas que propõem a restrição indiscriminada ao consumo de glúten têm ganhado espaço na mídia e trazido preocupação aos profissionais de saúde. Em 2012, o Conselho Regional de Nutricionistas (CRN-3) promoveu um encontro científico para discutir o tema e concluiu que a eliminação do glúten na alimentação só deve acontecer diante de um diagnóstico clínico confirmado de doença celíaca, dermatite herpetiforme ou alergia ao glúten. Quando eliminadas tais hipóteses, a restrição deve ser indicada caso haja diagnóstico confirmado de sensibilidade ao glúten (denominada também de intolerância ao glúten ? não celíaca).
A conclusão do Conselho Regional de Nutricionistas é certificada pelo Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar, pela American Dietetic Association, e pelo Management of Celiac Disease in Adults. Já a recomendação indiscriminada para restrição ao consumo deste nutriente não encontra atualmente respaldo na ciência da nutrição.
Os alimentos que contém glúten fazem parte da base da pirâmide alimentar aprovada pela Universidade de Harvard e pela USP. São eles: trigo, cevada, aveia, centeio e malte. Logo, todas as preparações realizadas com essas matérias-primas, contêm o nutriente.
Por conferir uma elasticidade ideal para o preparo de pães e massas é muito comum nestes alimentos, que geralmente apresentam também carboidratos, vitaminas, fibras e minerais. Além da energia que precisamos para as atividades diárias ou prática de exercícios físicos, ajudam na regulação do intestino e de todo o funcionamento do corpo. Eliminá-los pode trazer consequências negativas para a saúde.
É importante ressaltar que segundo o Guia Alimentar da População Brasileira, o ideal é que seja feito o consumo variado de alimentos dentro de todos os grupos alimentares, ou seja, o que realmente proporciona uma melhor qualidade de vida e perda de peso é saber comer com equilíbrio.
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