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Onde está o amor? : Onde está o foco?

Sandra Rosenfeld*

 

Quem não quer amar e ser amado? Ok. Você pode dizer que a maior parte das pessoas quer ser amada para então amar. Mas é só dar uma olhada rápida e ver que esta equação não fecha. Se cada um esperar primeiro que o outro mostre o seu interesse, o seu amor, para então mostrar o seu, não vai haver relacionamento, pelo menos saudável, afetivo, de entrega. Vai, sim, haver qualquer coisa, menos um relacionamento de fato.Se eu quero um amor na minha vida, eu preciso, necessariamente, ter este amor em mim e doá-lo a quem me desperta interesse. Doá-lo através do afeto, é sempre o afeto que conquista e que mantém os laços. Note bem, não falei em nó, mas em laço que é delicado e, se não for benfeito, desmancha com facilidade.E o afeto o que é? É o carinho físico? Sim, também, mas é muito mais do que isso. É o cuidado com que se trata o outro, nas palavras, na atenção ao escutar, no toque, no olhar. Quem ama cuida e ponto. No amor verdadeiro, há admiração, respeito, carinho e foco nas qualidades. Foco nas qualidades, e não nos defeitos. A admiração não é pelo que a pessoa tem ou faz, mas, principalmente, pelo que ela é e está dando de si nesse amor. O respeito é pelo ser humano que traz dentro dele mil questões como todos nós. O carinho é pela felicidade e gratidão de ter a quem dar o nosso amor, de ter essa pessoa em nossa vida.

Para amar é preciso se entregar e, para se entregar, é preciso ter coragem. Quem tem medo de sofrer não se arrisca e não se permite viver um amor profundo, está sempre na superfície. Perde grande parte da vida, a parte mais importante, que é se relacionar por inteiro. Não consegue dar nem receber, tudo a assusta. É uma pessoa pobre. A riqueza está em se doar, e a pobreza está na mesquinhez, seja ela qual for.Por isso, vemos hoje tantas pessoas sós em todas as idades, homens e mulheres. A internet, através das redes sociais e sites de relacionamento, tornou-se uma grande válvula de escape. Se relacionar por detrás do monitor ou celular é fácil, até o primeiro encontro, e quantos encontros não têm passado daí? A maioria, atrevo-me a dizer. Porque chegamos ao encontro pessoal tão cheios de defesas que fica difícil, quase impossível, evoluir. Chegamos lá atentos às falhas, aos defeitos, às imperfeições. E, na defensiva, imagina o quanto imperfeitos nos tornamos, muito mais do que já somos. Mas se conseguirmos colocar o foco nas qualidades, tudo vai ficar mais fácil, mais leve, mais divertido.Se solte, sorria e olhe o outro muito além dos olhos dele ou dela. Mude o foco e você vai se surpreender!

 

*Sandra Rosenfeld

 

Escritora e Palestrante. Terapeuta em Qualidade de Vida como Instrutora de Meditação, 

 

Executive e Personal Coach. Autora dos livros “Durma Bem e Acorde para a Vida” e "O que é Meditação", ed. Nova Era/Record. 

 

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