Problemas relacionados ao trato urinário geralmente apresentam sintomas em estágio avançado. Como saber, então, se uma pessoa está fazendo xixi demais? "Adultos saudáveis urinam entre quatro e seis vezes ao dia, sendo que o volume pode variar de 700 ml a dois litros", diz o doutor Paulo Campana, médico patologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo.
O especialista afirma que a análise da frequência, volume e cor da urina do paciente pode apontar para diagnósticos que incluem desde infecção e pedras nos rins, até a presença de tumores, falência dos rins e, inclusive, diabetes ? já que o doente sente uma espécie de urgência urinária.
"Uma avaliação mais criteriosa do paciente contribuirá para um diagnóstico preciso. Há pacientes, por exemplo, com doença renal crônica e que apresentam sintomas não-específicos, como perda de apetite, sensação de cansaço, náuseas e até mesmo coceira generalizada. Outros sintomas já são mais assertivos, como dor nos flancos, inchaço das pernas e pés, ou ainda problemas urinários", diz Campana.
Xixi demais é problema
O que é "xixi demais"? "Quando o paciente elimina um volume de urina superior a dois litros por dia é necessário checar se ele não está ingerindo, proporcionalmente, muito líquido ou se está fazendo uso de diuréticos. Vale lembrar que o álcool e a cafeína também podem ter ação diurética. Outra possibilidade é acusar uma taxa elevada de açúcar no sangue, indicando o diabetes", diz o médico.
Quando não se ingere maior quantidade de líquido, mas se sente uma vontade mais frequente de ir ao banheiro, a pessoa pode estar com a bexiga pressionada ou ainda irritada. Nesses casos, o diagnóstico mais comum de acordo com o doutor Paulo Campana é de infecção urinária."Vale ressaltar que urinar pouco também pode levar a um diagnóstico de infecção. Em casos mais raros, entretanto, também pode indicar um tumor. Somente um diagnóstico detalhado poderá assegurar um tratamento adequado. Por isso, na presença dos sintomas descritos é sempre bom procurar um especialista".
Fonte: Dr. Paulo Campana, médico patologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB)
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