Quem não se comunica se trumbica!!! Já dizia o Chacrinha.
Verdade absoluta.
Mas será que qualquer comunicação é suficiente?
A internet e os celulares encurtaram distancias para os comunicadores. Nunca dissemos tanto e de tantas formas o que pensamos e sentimos, até nosso silêncio é uma forma de comunicação. Mas isso tem sido suficiente?
Suficiente para que, você pode se perguntar. Para não “se trumbicar”, oras. Parafraseando o Chacrinha.
Mas porque será que mesmo sabendo de sua vital importância em nossas vidas e de termos recursos tecnológicos facilitadores criamos conversas e diálogos que não exprimem com clareza o que queremos e pelo contrário, criam confusão, briga, discussão, mágoas, por tudo quanto é lado?
Esses dias contou-me uma amiga do estranho encontro profissional que teve com uma colega. As duas diziam-se empenhadas e comprometidas com o tratamento de paciente em comum, assim marcaram um encontro telefônico.
De cara minha amiga estranhou a falta de “liga” na conversa, pela ausência de semelhança na linguagem de suas profissões. As duas debateram, a seu modo, a melhor conduta, mas não conseguiram se entender desde o começo do telefonema.
O final da conversa foi marcado por uma ordem, vinda da colega profissional: faça isso e pronto! Seguida de uma resposta bastante áspera de minha amiga, que desligou o telefone chocada com a arrogância e prepotência predominantes na condução do assunto.
Fiquei cá pensando, precisarão de um interprete se quiserem se entender. Ou, poderiam deixar de lado seus títulos, vaidades, saberes e tomarem um chá juntas como boas pessoas e profissionais que são. Iriam então conversar um pouco sobre a vida, sobre cura, sobre arte, amor e morte, para depois poderem juntas, afinados os instrumentos de comunicação (ouvido e sensibilidade), olhar para o paciente de novo e sobre ele falar e ouvir.
Sem ensaio constante, no dia a dia, sem afinação dos sentidos e propósitos, a confusão está formada desde antes de se iniciar qualquer contato entre duas pessoas.
Aqui não houve um encontro de verdade. Não existiu uma disposição real de ouvir, só a de falar. Foi apenas um compromisso a menos no dia, assim, jogaram fora a oportunidade de se enriquecerem uma com o ser da outra e de melhor cuidarem das questões do paciente
E é quase sempre assim, na vida. Mudam os protagonistas e os temas, porém os resultados são semelhantes: desentendimento, seja no lar, no trânsito, no banco, no transporte público, no trabalho, na feira, no condomínio de luxo, no bairro onde se mora.
Nossas conversas, tantas vezes, se assemelham a ruídos, barulhos, sons desafinados, ruins de se escutar. Não conversarmos, vomitamos opiniões, saberes, palavras técnicas de difícil compreensão. Damos ordens demais. Criticamos o outro demais. Enquanto um está a falar o outro pensa em si mesmo, reflete sobre suas angustias, a respeito do tempo, chega a pensar sobre o que pensa e na resposta que dará. Não há espaço para reflexão mental. Precisamos ser rápidos antes de ser engolidos pela vida, pela esperteza da outra pessoa, sentimos.
Os diálogos que criamos raras vezes criam ambiência de aconchego e acolhimento para quem fala e para quem escuta. Ficamos defendidos. Assustados. Agressivos. Ariscos.
Pouco se cria a partir de um pretenso diálogo nessas bases.
A comunicação, desta forma, vai gerando mais problemas que soluções. Instala-se um mal estar geral, solidão e inimizades. As pessoas pensam que se comunicam bem, e vão se “trumbicando” por ai, sem entender o porquê.
Quando o assunto é relativo aos casais é fácil a constatação de que hábitos nocivos de comunicação podem arruinar a relação afetiva.
Estes dias um amigo querido contou-me sua história. Disse que decidiu sugerir, o tempo todo, sobre como sua companheira deveria ser, se vestir, falar, comprar, para se mostrar sempre atento e afetuoso.
Acreditava que isto era ótimo para o relacionamento e para a comunicação continua do casal. Uma grande prova de amor, idealizava.
Todavia, ao contrário do que pretendia (comunicar seu amor através de suas “sugestões” mantendo aquecida a relação), instaurou-se uma crise de enormes proporções entre os dois.
Ela de início viu com um pouco de graça a quantidade de opiniões dele sobre tudo, e achou até lisonjeador o constante interesse de seu amor por sua vida.
Só que a seguir a mulher entrou em franca oposição a toda “opinião/sugestão” de seu marido, sentia-se sufocada, criticada, mal amada, e ele claro, se ofendeu enormemente.
A comunicação entre os dois ficou rara, banal. Desligaram o veículo mais precioso de seu afeto: a comunicação e o que veio a seguir foi o afastamento sexual. Uma outra forma de comunicação fechada.
O casal se afastou, fecharam-se cada um em seu mundo particular. Hoje buscam uma reaproximação lenta.
Uma boa comunicação é feita de pedaços de vida, de amor, de sensibilidade, inteireza, dignidade, verdades, compreensão, compaixão. Requer treino, como para quase tudo na vida.
É preciso estar disposto e aberto para que o diálogo e a comunicação (em todos os níveis) se estabeleçam de forma boa e sadia, criando vínculos de afeto seja entre casais, equipes, famílias.
Os pares precisam estar cientes das necessidades uns dos outros, e um bom comunicador oferece o que o outro necessita (nem sempre o que ele pede), sempre que possível, mas para tanto precisa abrir sua sensibilidade à necessidade real do outro.
Tem saída?
Sempre tem.
Amadurecer como ser humano, é um caminho. Começando por desistir da ideia antiga de que o mundo se cria a partir do próprio umbigo.
Um bebezinho recém-nascido pode até ficar confuso sobre isso, afinal ele teve a impressão que o mundo se originava em seu umbigo e que a partir dali o corpo de sua mãe foi criado, certo? …mas isso já foi superado, espero!
Maturidade traz capacidade de lidar com frustrações, contratempos, com o diferente, com o inusitado, sem achar que o mundo está contra si, sem se melindrar, sem fazer tempestade por pouco ou nada.
Desenvolver uma melhor autoestima, é também imprescindível. Com uma autoestima equilibrada acabamos por nos comunicar e dialogar em condições melhores, temos também mais coragem de expor nossas intenções, nossas posições, nossa forma de pensar.
Reconhecer nossa humanidade e falibilidade, pode nos dar a dimensão da humildade necessária e hoje tão ausente nas rodas sociais.
Aprender sobre respeitar limites (os nossos e os dos demais) é bom também. Assim podemos, por exemplo, nos recolher um pouco quando percebermos que estamos menos dispostos aos relacionamentos, como num dia de febre, pressa ou dor, a fim de não atingirmos a alguém com uma fala mais ríspida e inadequada; bem como poderemos ainda enxergar de verdade aquele que está conosco em conversação, respeitando seu espaço, sua vida, independentemente do que estamos sentindo.
Mas de nada adianta isoladamente saber sobre respeitar limites se nos faltar sensibilidade, tato, gentileza, ética, condições imprescindíveis para uma comunicação clara, limpa, que gere acolhimento e bem estar, mesmo quando o assunto em consideração seja doloroso ou desafiador.
Criatividade desenvolvida associada a uma boa autoestima e maturidade pode ser geradora de conversas muito saborosas e construtivas.
Sem falar em desenvolver o bom humor.
Tudo isso junto e misturado é o tal “savoir faire” um estilo elegante, sensível, chique, hábil, e bonito de se comunicar e viver.
Que tal? Pode ser realmente divertido tentar aprimorar um pouco a forma de se comunicar!
E você já reparou em como se comunica com o mundo que o cerca?
Quais os feedbacks ou respostas/retornos que você recebe de seus familiares, amigos do trabalho, amores?
Precisa melhorar a forma como se comunica?
Claro que a Terapia Floral é especialista nessa área em especial de nossas vidas, a começar por melhorar a comunicação entre nossa personalidade e nossa Alma, bem como com a natureza. Vai desta forma fortalecendo os elos entre nós e a vida, ajudando aos poucos a percebermos o quanto caminhamos irmanados todos pelas mesmas necessidades reais: amar e ser amados, ser aceitos, ser felizes.
Quer usar as essências florais para estimular e apurar sua forma de se expressar na vida? O melhor caminho? Procure um Terapeuta Floral e juntos criem a possibilidade real de transformação e aprimoramento da sua comunicação.
FONTE: Thais Accioly
Especialista em Terapia Floral pela Escola de Enfermagem da USP.
Professora e Supervisora da Pós-Graduação em Terapia Floral da Escola de Enfermagem da USP.
Consultora para uma Cultura de Paz.
Obrigado! Seu comentário foi enviado
Oops! Algo de errado aconteceu ao enviar seu comentário :(