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Budismo - a história de Monja Coen: Obra retrata a superação e os ensinamentos de uma budista

Ela já foi presa na Suécia por traficar LSD, já tentou suicídio e hoje é zen budista. A história de Monja Coen retrata uma vida de excessos bem diferente do que se imagina para uma monja, regada a sexo, droga e rock and roll. Vida que ela deixou para trás e que agora é contada em forma de romance.

Fim de um ciclo, início de outro. A passagem de ano é sempre um bom momento para refletir e fazer promessas. A inspiração para mudar pode vir de várias fontes. Conhecer uma história de superação é uma delas. A vida da Monja Coen é a prova de que é possível corrigir a rota e promover uma mudança radical. Primeira mulher a ocupar a presidência da Federação das Seitas Budistas no Brasil, ela percorreu caminhos muitas vezes inexplorados e foi capaz de realizar profundas transformações em sua vida.

Inspirada na trajetória dessa pioneira, a terapeuta Neusa C. Steiner conta no romance biográfico Monja Coen - A mulher nos jardins de Buda (264 p., R$ 53,90, Mescla Editorial), a história de uma mulher forte, decidida a seguir seu caminho e a não se assustar diante das vozes do tempo, superando as posições frágeis e submissas.

Durante quase um ano de entrevistas, Neusa percorreu os sessenta anos de vida da Monja Coen. Entusiasmada, a autora mergulhou nessa história de desafios e superação e, embasada em sua experiência como psicoterapeuta, criou personagens capazes de ganhar vida própria e catalisar emoções abrangentes.

Trata-se de uma obra que fala a todas as mulheres que enfrentam dificuldades - muitas vezes pelo simples fato de terem nascido mulheres. É uma história forte, cheia de nuances, com alguns esclarecimentos sobre o Zen Budismo e um retrato histórico e social de várias épocas a partir de 1950. "O livro traduz a busca da mulher pela liberdade, pelo trabalho e pela realização de sonhos", revela a autora.

Baseado na vida da monja, o romance é dividido em três partes. As duas primeiras abrangem sua infância, ressaltando a figura ímpar de sua mãe - uma mulher de temperamento forte e à frente de sua época -, a adolescência e a juventude agitadas pela maternidade e por um casamento precoce, a mudança para os Estados Unidos e o segundo casamento, a vida atribulada em razão da busca de algo ou alguém que lhe trouxesse resposta ou alívio.

A terceira parte do livro foca sua vida monástica, incluindo os oito anos que passou num mosteiro feminino do Japão, a experiência de viver aos pés do Monte Fuji, o casamento com um monje budista e o retorno ao Brasil, onde obteve lugar de destaque como mulher e budista engajada numa cultura de paz.

Falar de uma vida é eternizar suas conquistas e ressaltar batalhas ainda por vencer. Curar suas dores e manter vivo o desejo de um mundo mais justo, igualitário e pacífico. Que a leitura permita o mergulho nessa aventura, tecida de tantas vidas.

Monja Coen
Monja Coen Sensei é missionária da tradição Soto Shu - Zen Budismo, com sede no Japão. É primaz fundadora da Comunidade Zendo Brasil/Templo Taikozan Tenzuizenji, criada em 2001 e com sede no bairro do Pacaembu, São Paulo. Participa de caminhadas meditativas em parques de várias cidades do Brasil. Membro do Círculo de Cooperação Inter-Religiosa de São Paulo, da Iniciativa das Religiões Unidas (URI). Conselheira cofundadora do Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz (Conpaz), da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Segue os ensinamentos de Buda na preservação do meio ambiente, na defesa dos direitos humanos e em prol de uma cultura de paz.

A autora
Neusa C. Steiner é paulistana, formada em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com especialização em Psiquiatria e Psicologia Analítica. Com o trabalho Um poder infernal: a poesia de Adélia Prado, defendeu seu mestrado pelo programa de Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Participa do grupo de pesquisa Gênero, Religião e Política (Grepo). Trabalha na capital paulista atendendo em consultório, ministra palestras e dirige grupos terapêuticos focados nas relações sociais entre os sexos, com base em uma abordagem junguiana e na utilização de elementos de literatura, música e escrita.
 

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