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O Brasil na balança: Como prevenir e tratar a obesidade

11% da população brasileira sofre de obesidade, enquanto 40 % já têm problemas com o excesso de peso. Entenda as conseqüências da doença para a sua saúde


Ao longo das últimas três décadas, o Brasil tem passado por uma transição nutricional. Ao mesmo tempo em que os índices de desnutrição na população diminuem, os de obesidade se multiplicam. A doença já atinge 11% da população, de acordo com dados do Ministério da Saúde, e se hábitos não forem revistos, o número de obesos pode crescer ainda mais, já que mais de 40% dos adultos tem sobrepeso.

Manter-se no peso saudável e ficar longe das gordurinhas desnecessárias, significa equilibrar a quantidade de calorias ingeridas com a quantidade de calorias queimadas pelo corpo. Quando essa combinação se desestabiliza e a quantidade de calorias ingeridas ultrapassa as queimadas, ocorre um acúmulo no tecido adiposo sob a forma de gordura. Se esse processo torna-se cumulativo, com o passar do tempo desenvolve-se a obesidade. "A pessoa com sobrepeso já deve se preocupar, porque o ganho de peso pode evoluir rapidamente, principalmente naquelas pessoas que já têm fatores de risco, como casos antecedentes na família", afirma o Dr. João Eduardo Salles, secretário geral da ABESO.

Pensando nisso, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, ABESO, com o apoio do laboratório farmacêutico, Germerd Pharma, está desenvolvendo a Campanha de Combate à Obesidade, que pretende esclarecer quais os riscos da doença, como tratá-la, e as medidas que devem ser tomadas para prevení-la. A associação entende que medidas preventivas são as formas mais eficientes de combate à doença, e por isso é essencial a realização de campanhas que alertem a população.

O excesso de gordura no corpo desencadeia e piora uma série de problemas de saúde que poderiam ser evitados, a partir de um estilo de vida saudável. A taxa de mortalidade entre homens muito obesos de 25 a 40 anos, por exemplo, é 12 vezes maior se comparada à taxa de mortalidade em indivíduos de peso normal.

Associada a variáveis ambientais, genéticas e comportamentais, a obesidade é um fator de risco indiscutível para várias doenças. Diabetes tipo 2, hipertensão arterial, alteração nos níveis de colesterol, infarto do miocárdio, derrame cerebral, tromboses, problemas ortopédicos e dermatológicos, são apenas alguns exemplos do que a doença pode causar. A boa notícia é que a perda de peso, na maioria dos casos, leva à cura ou ao controle, como na diminuição do colesterol ou na redução da glicose no sangue.

Além disso, os obesos também são discriminados e, muitas vezes, sofrem de falta de autoconfiança. Perturbações emocionais como a ansiedade ou a depressão aparecem freqüentemente associadas à ingestão excessiva de alimentos e podem também ser causadas pela obesidade.

Apesar de ser uma necessidade, a decisão de perder peso pode não ser fácil. "O mais importante para o paciente é compreender que ele precisará mudar seus hábitos de vida para sempre", explica o Dr. João Eduardo Salles, da ABESO. Após emagrecer, o paciente terá de passar o resto da vida de olho na balança, por isso, o ideal é que a doença seja combatida antes mesmo de se manifestar.

Além disso, é importante que o paciente tenha um acompanhamento multidisciplinar, incluindo tratamento médico, nutricional e, algumas vezes, psicológico. No entanto, mais indicado do que o tratamento é a sua prevenção, evitando o desenvolvimento da obesidade logo na infância. Hábitos alimentares saudáveis e uma vida menos sedentária certamente são prioridades para fazer com que a população diminua seus índices de obesidade.
 

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