Por Taynah Bianchi
Mastectomia de Angelina Jolie completa um ano
Mastologistas afirmam que houve aumento de mais 100% na procura pela
cirurgia preventiva
Após um ano do anúncio da atriz norte-americana Angelina
Jolie ter se submetido a uma dupla mastectomia para prevenir o câncer de
mama, mastologistas associados à Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)
identificaram um aumento de mais de 100% na procura pela cirurgia
preventiva. De acordo com Cícero Urban, presidente da Comissão de
Oncoplástica da Sociedade Brasileira de Mastologia, o levantamento teve como
base o dia a dia nos consultórios dos mastologistas, dos quais a maioria das
mulheres que procuraram os especialistas tinha histórico familiar de câncer
de mama e buscavam informações sobre o teste de DNA que verifica, com
precisão, se a mulher é portadora de genes defeituosos.
Para Urban, o fato mais importante em relação à cirurgia de Angelina Jolie
foi a chance de prestar esclarecimento à população, causando a reflexão de
todos sobre a importância do trabalho preventivo e o diagnóstico precoce.
?Por esse aspecto foi positiva a postura da atriz, mas por outro lado é
preciso desmistificar o assunto, já que, antes da cirurgia, é necessário
realizar uma série de exames e nem todos os casos de câncer resultam na
retirada das mamas?, afirma. Para ele, a mamografia a partir dos 40 anos é
essencial para detectar o tumor, em fase inicial, já que as chances de cura
podem chegar a 95%. ?A melhor prevenção ainda é o diagnóstico precoce e
todas as mulheres devem realizar a mamografia anualmente após os 40 anos?,
alerta.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) lança esta semana o movimento
#mamografiaapartirdos40 ? Direito e dever de toda mulher, uma ação da
campanha Eu amo meus peitos, criada pela entidade para exaltar os cuidados
com a saúde da mama e disseminar informações sobre a prevenção do câncer. A
ideia do movimento é enfatizar a importância para as mulheres de realizar,
anualmente, a mamografia a partir dos 40 anos, o que para os mastologistas é
primordial para a saúde da mulher. Essa luta, inclusive, vai de encontro ao
Ministério da Saúde que, através da Portaria 1.253/2013, restringiu o
repasse de verbas da União aos municípios para mamografias em pacientes na
idade entre os 50 e 69 anos, além da mamografia unilateral ? exame realizado
como forma de rastreamento em apenas uma das mamas.
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