Em tempos de baixas temperaturas, diversas doenças passam a atormentar o organismo. Com o frio, a tendência é fechar portas e janelas, e é assim – em locais fechados e cheios de gente - que vírus e bactérias aproveitam para se espalhar e provocar os sintomas que todos conhecem - coriza, obstrução nasal, diminuição do olfato e da gustação, nariz entupido, rouquidão, febre e dores pelo corpo.
O sistema respiratório é o principal alvo desses problemas, que merecem ser remediados o quanto antes para evitar complicações. As “doenças de inverno” possuem sintomas muito semelhantes, e diferenciar uma gripe de um resfriado, ou até mesmo de uma sinusite, rinite ou meningite, não é nada fácil, mas é imprescindível para tratá-las de forma adequada, sempre seguindo as orientações de um profissional médico.
O resfriado é uma infecção causada pelo rinovírus e acomete principalmente nariz e garganta. Sua transmissão é feita pelo contato com outras pessoas via tosse, espirro, a própria fala ou até objetos contaminados. ”Não há remédio específico para os vírus do resfriado. Os medicamentos usados são os analgésicos e antipiréticos. A recomendação é manter uma alimentação saudável, boa hidratação, evitar bebidas alcoólicas e permanecer em repouso relativo”, afirma o Vice-Diretor Clínico do Hospital São Cristóvão, Dr. Hélcio Valério Passos.
Já a gripe é um problema respiratório causado pelo vírus influenza. Ao contrário do que muita gente pensa, não tem nada a ver com o resfriado. Para identificar a gripe, basta prestar atenção nos seguintes sintomas: febre alta, tosse, secreção nasal, dor de garganta, dores pelo corpo e cansaço físico. “Para o tratamento são adotados remédios que atenuam os sintomas, como os antitérmicos e os analgésicos”, completa o profissional. Depois de avaliar o caso, o médico pode receitar apenas repouso ou recorrer também a antivirais, cuja função é justamente exterminar o influenza.
Para prevenir, o importante é lavar sempre muito bem as mãos, evitar o contato com pessoas com sintomas da gripe e, se possível, não frequentar locais fechados e cheios de gente. “A vacina é a mais importante prevenção da gripe, principalmente nos grupos de risco como idosos, gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos de idade, diabéticos e portadores de doenças pulmonares crônicas. Ela ensina o sistema imune a criar um pelotão atento, capaz de desmobilizar o ataque do influenza”, alerta Dr. Hélcio.
Não havendo um tratamento adequado, os resfriados e gripes podem complicar evoluindo para sinusite (inflamação dos seios da face) de causa infecciosa. Sinusites infecciosas podem ser causadas por diferentes tipos de germes, algumas por bactérias, outras por vírus. As sinusites virais, assim como os resfriados e gripes, têm sintomas leves e não requerem o uso de antibióticos. Já as sinusites causadas por bactérias têm sintomas mais intensos, como: dor na face, febre em torno de 38 - 38,5 graus, tosse que piora ao deitar e secreção nasal. “Nesses casos, os medicamentos indicados são sintomáticos, mucolíticos, e nos casos de complicação por contaminação bacteriana está indicado o tratamento com antibioticoterapia”, completa o médico.
Para quem sofre de asma e rinite em todas as estações no ano, no inverno é preciso dobrar os cuidados, pois estas patologias podem se agravar devido à baixa umidade relativa do ar, comum nesta estação. Segundo o clínico geral do Hospital São Cristóvão “As medidas preventivas são: manter-se bem agasalhado e umidificar o ambiente”.
Além das doenças supracitadas, as mais preocupantes são as meningites - doença infecciosa causada por vários tipos de germes (vírus, bactérias e fungos) que acometem as membranas do sistema nervoso - e as pneumonias - infecção ou inflamação dos pulmões, que pode ser causada por vários microrganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos. Como prevenção, devem-se evitar grandes aglomerações e ambientes fechados. “Medidas como lavar sempre as mãos, evitar colocá-las na boca, nariz e olhos; utilizar sempre lenço de papel ao espirrar ou tossir são essenciais para a prevenção dessas doenças” finaliza Dr. Hélcio.
Fonte: Dr. Hélcio Valério Passos.
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