Hoje uma diversidade de açucares e adoçantes são encontrados nas prateleiras de supermercados, causando grande confusão na hora de escolher qual é o melhor, o mais saudável ou o menos maléfico a saúde e que ainda apresente sabor agradável. Portanto descrevo os tipos existentes e lhes apresento a minha indicação.
Vamos aos tipos de açúcar:
Açúcar cristal: Para que o resultado seja este tipo de açúcar, o caldo de cana passa por processos de purificação, evaporação, cristalização, centrifugação e, por último, pela secagem. É o que sofre menos processos químicos quando comparado aos açucares refinado e confeiteiro.
Açúcar refinado: Diria que é o mais comum. Com grande uso doméstico. É um tipo de açúcar conquistado a partir da diluição do açúcar cristal. A calda obtida passa por diversos processos até chegar ao peneiramento. A porção mais fina é separada para a obtenção do açúcar de confeiteiro e, o restante, é o açúcar refinado.
Açúcar de confeiteiro: Após o peneiramento do açúcar para a separação dos grãos que vão dar origem ao açúcar refinado e de confeiteiro, amido é adicionado. A finalidade da junção é evitar a aglomeração dos pequenos cristais, formando assim, o açúcar de confeiteiro.
Açúcar light: Ele é obtido a partir da junção açúcar refinado e adoçante artificial sucralose que apresenta poder de dulçor 600 vezes maior que o da sacarose. Desta forma a ingestão calórica é menor.
Açúcar mascavo: por não passar pelo processo de refinamento, a qualidade nutricional do açúcar mascavo é melhor, em relação ao açúcar refinado. Ele apresenta vitaminas e minerais que não estão presentes na versão refinada.
Açúcar demerara : açúcar granulado de coloração amarela, resultante da purgação do açúcar mascavo, e com teor de melaço em sua composião. Lembra um açucar cristal, mais escurecido.
Açúcar orgânico: o diferencial deste tipo de açúcar é que a cana utilizada em sua fabricação é cultivada sem fertilizantes químicos. Além disso, o açúcar orgânico utiliza processos apoiados na sustentabilidade do meio ambiente, desde o plantio até a etapa final. Suas características nutricionais se assemelham com as do açúcar mascavo. Portanto, apresenta uma quantidade maior de vitaminas e minerais em relação ao açúcar refinado.
As principais diferenças aparecem no gosto, na cor e na composição nutricional de cada tipo. A regra básica é a seguinte: quanto mais escuro é o açúcar, mais vitaminas e sais minerais ele tem, e mais perto do estado bruto ele está. A cor branca significa que o açúcar recebeu aditivos químicos no último processo da fabricação, o refinamento. Apesar de esses aditivos deixarem o produto bonitão, eles também "roubam" a maioria dos nutrientes. Portanto minha recomendação fica para o mascavo e para o orgânico.
Agora os adoçantes:
Stévia: É extraído da stévia, planta originária da Serra do Amambaí, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Adoça cerca de 200 vezes mais do que a sacarose. É o único adoçante de origem vegetal produzido em escala industrial.
Aspartame: É uma proteína adocicada produzida a partir de dois aminoácidos encontrados normalmente nos alimentos. É 43 vezes mais doce do que a sacarose . Não deve ir ao fogo porque em altas temperaturas sofre uma reação que causa perda do sabor doce. É contra-indicado para os portadores de fenilcetonúria (incapacidade do organismo de metabolizar a fenilalanina). Esta anomalia é rara e geralmente é diagnosticada ao nascimento
Sucralose: É o único adoçante derivado do açúcar. É derivado do açúcar através de um processo quimico patenteado de multi-passos sendo aproximadamente 600 vezes mais doce que o açúcar.
Sacarina: É o adoçante artificial mais antigo, foi descoberto em 1897 e usado desde 1900. É sintético e extraída de um derivado do petróleo. Adoça aproximadamente 200 vezes mais que a sacarose (açúcar branco). Não é metabolizada pelo organismo, sendo excretada de forma inalterada pelo rim. Possui sabor residual amargo e metálico. É estável a altas temperaturas, podendo ser utilizado em preparações quentes.
Ciclamato: É sintético e também composto a base de um derivado de petróleo, trinta vezes mais doce que a sacarose, possuindo sabor residual doce-azedo.
Acesulfame- K: É um sal de potássio sintético produzido a partir de um ácido da família do ácido acético. É de 125 vezes mais doce do que a sacarose. O organismo o absorve mas não o metaboliza, o que significa que é eliminado tal como é ingerido.
Visto que adoçantes em geral são substancias potencialmente químicas acabo não gostando de indicar o seu uso. Mas entre os tipos descritos indico a união da Stévia com a Sucralose. Assim conseguimos o mais natural deles com um sabor mais agradável.
Minha indicação fica para o açucar mascavo, para o açucar organico e para os adoçantes stévia e sucralose.
FONTE: Débora Sorgi, nutricionista
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