O mercúrio é considerado o elemento potencialmente mais perigoso entre os constituintes das lâmpadas, encontrando-se num estado e composição bastante volátil nas condições normais de pressão e temperatura.
Ao final de sua vida útil as lâmpadas contendo mercúrio são, na maioria das vezes, destinadas aos aterros sanitários contaminando o solo e, mais tarde, os cursos d’água. A presença de mercúrio nas águas, mesmo que em pequenas quantidades, representa um grande problema ecológico devido à sua bioconcentração, ou seja, a concentração de mercúrio aumenta nos organismos animais com a passagem através da cadeia alimentar, devido ao depósito do metal em vários tecidos vivos.
Assim, os organismos situados no final da cadeia alimentar apresentam uma concentração mais elevada e, por vezes, perigosa para o próprio animal ou para os que deste se alimentam, originando sérios problemas de saúde pública, podendo intoxicar comunidades inteiras, além dos prejuízos econômicos que daí possam advir.
A via respiratória é a mais importante via de penetração e absorção do mercúrio pelo organismo do ser humano. A ação tóxica do mercúrio se manifesta, sobretudo, nas células do sistema nervoso, originando o quadro clínico característico do mercurialismo, com tremores das mãos e eretismo, que é um comportamento anormal e introvertido.
A exposição mercurial tem provocado profundos efeitos sobre a saúde humana. Antologicamente, um dos mais trágicos exemplos de envenenamento pelo mercúrio aconteceu na Baía de Minamata – Japão, na década de 1950, onde mulheres grávidas foram expostas a altos níveis de mercúrio através do consumo de peixes contaminados. Como resultado desta exposição, seus descendentes desenvolveram múltiplos sintomas neurológicos (microcefalia, hipoplasia e atrofia do cérebro).
É importante salientar, porém, que as lâmpadas não são os únicos produtos ou resíduos contendo mercúrio. O mercúrio é amplamente utilizado em centenas de aplicações industriais e domésticas.
Com informações do Brasil Recicle
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