Sabe aquele velho ditado, “há males que vem pra bem”, na medicina o termo às vezes se adapta como uma luva. Enquanto a disfunção erétil (DE) é um pesadelo para o sexo masculino, para os especialistas, ela é também uma aliada, pois serve como um alerta para uma série de complicações com alta taxa de mortalidade.
De acordo com o urologista Sidney Glina, do Projeto Alfa e Beta de Reprodução Assistida, a impotência pode indicar risco maior de infarto e derrame, além de estar por trás de outras complicações, como diabetes, hipertensão, dislipidemia e aterosclerose. Sem contar que ainda pode esconder transtornos mentais, como a depressão – mais comum em jovens, esse tipo de DE pode estar relacionada com problemas de insegurança, auto-imagem negativa, por exemplo.
Após acompanhar 1.519 homens em 13 países ao longo de cinco anos, pesquisadores da Universidade de Saarland (Alemanha) constataram que quem apresentava problemas cardiovasculares e de disfunção erétil tinha risco duas vezes maior de sofrer um infarto do que os homens que não apresentavam problemas de ereção.
O Dr. Sidney Glina explica que assim como as doenças citadas acima, a disfunção erétil sinaliza disfunções em nossos vasos. “A DE é um marcador precoce significativo para transtornos silenciosos. Por isso é importante que a função sexual do paciente conste em sua história clínica na hora da consulta médica”, argumenta.
Sem ressaltar ainda que a impotência não só mexe com o emocional e a qualidade de vida dos homens, mas gera infertilidade. “Não é incomum encontrarmos casais que procuram ajuda da fertilização in vitro devido à impotência. Os casais não têm relações sexuais e ao em vez de tratar a causa, acabam por tratar a consequência”, lembra o urologista.
O ideal, de acordo com o médico, é que os homens não sofram tempo demais com o problema e procurem ajuda médica mais cedo possível.
Mais comum a partir da quarta década de vida, a DE pode ser prevenida com bons hábitos de vida, como prática regular de exercícios físicos, alimentação balanceada, consumo moderado de bebidas alcoólicas, não fumar, etc. Já o tratamento para o problema acontece de acordo com a causa, como no caso do diabetes, por exemplo, onde é tratado o problema de resistência à insulina. Há também medicamentos que promovem a ereção e também costumam ser indicadas sessões de psicoterapia, entre outras possibilidades, como a prótese peniana. Valer lembrar que os medicamentos devem ser usados após consultar médica, já que pessoas com problemas cardiovasculares correm riscos ao ingerir esse tipo de substâncias associadas a outras drogas.
O acompanhamento psicologico é muito importante para o trato da impotencia.
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