Pela primeira vez no mundo, o Instituto Butantan produziu soro contra o veneno de abelhas em larga escala. Depois de aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, o produto poderá ser distribuído em hospitais da rede pública. O soro, que foi patenteado este ano, começou a ser produzido em 2008. Foram 80 litros, ao todo.
A aplicação é feita por via intravenosa. Com cerca de 20 ml, é possível neutralizar 90% dos problemas causados pelas picadas de abelhas africanizadas, que são as mais comuns no Brasil.
O produto foi desenvolvido durante a pesquisa de doutorado da bióloga Keity Souza, no Laboratório de Imunologia, do Instituto do Coração, Incor, da Faculdade de Medicina da USP, FMUSP. Depois de identificadas as proteínas do veneno das abelhas, ele foi injetado em cavalos, para que produzissem anticorpos. Com os anticorpos, a bióloga realizou testes para verificar a eficácia do soro.
Um adulto que receba cerca de 20 picadas, pode ter lesões nos rins, fígado e coração. Em 2006, o estado de São Paulo registrou 17 mortes por picadas de abelha e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, SINAN, do governo federal, contabilizou 3.500 acidentes com ferroadas.
Com informações do AmbienteBrasil.
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