O Feminino na Astrologia: A influência da Lua e seus ciclos no universo da Mulher

por Titi Vidal

A Lua é satélite da Terra. Não possui luz própria e dá voltas ao nosso redor, enquanto acompanha as voltas que a Terra dá em torno do Sol. Dessa relação entre Sol, Terra e Lua temos as fases lunares, que acontecem de acordo com o posicionamento dos três astros.

Assim, quando Sol e Lua, astrologicamente, estão conjuntos, ou seja, no mesmo grau do mesmo signo, temos uma Lua Nova. Em termos de observações astronômicas, isso acontece no momento em que a Lua está entre a Terra e o Sol e, por isso, não pode refletir o brilho solar. Nesse momento não vemos a Lua, temos a impressão que ela “desapareceu” no céu.

Conforme o movimento continua, a Lua vai se “separando” do Sol até que chega em um ângulo de 90º, quando temos a Lua crescente. Esse movimento se segue até que a Terra esteja entre Sol e Lua e neste momento temos a Lua Cheia, quando ambos estão a uma distância de 180º, momento em que a Lua reflete o máximo do brilho do Sol.

Em seguida o movimento continua até que a Lua passa a refletir menos luz solar, e quando ambos estão novamente a uma distância de 90º, temos o quarto minguante. O movimento se segue até que aconteça mais uma Lua nova.

Tudo isso acontece dentro de um período de aproximadamente 29 dias. Algumas Luas novas também são eclipses do Sol, assim como algumas Luas cheias são também eclipses lunares.

A Lua é a grande companheira da Terra e influencia todas as águas do mundo, interferindo diretamente nas marés, que são totalmente controladas por ela. Ou seja, as marés são consequência da gravidade de Lua e de seus ciclos e como as marés são responsáveis pela renovação do oxigênio e, consequentemente, pela manutenção da vida marinha, podemos dizer é graças à Lua que existe toda vida no mar.

Curiosamente, aproximadamente 70% do planeta Terra é composto de água, assim como em torno de 70% do nosso corpo também é. E se a Lua influencia as águas do mundo, influencia também as nossas, interferindo diretamente no sangue, nos hormônios e em nossos humores e emoções.

Se por um lado Sol nasce e se põe todos os dias nos mesmos horários e locais, e com a mesma aparência, com a Lua isso é totalmente diferente. Ela nasce e se põe em horários distintos, em lugares diferentes e em formatos variados, conforme vai crescendo ou minguando.

O ciclo da Lua remete à ideia de nascimento, crescimento, morte e renascimento e também por esse motivo é considerada a regente dos ritmos da vida e por isso também controla vegetação, marés, chuva e fertilidade (dos animais, dos homens, da natureza). Simbolicamente, a Lua é a regente da imaginação, dos sonhos, do inconsciente, da fantasia, da fecundidade, dos ciclos, da menstruação, da gestação, entre várias outras coisas.

A Lua também é a grande regente do universo feminino e de tudo que faz parte dele. O ciclo menstrual, por exemplo, tem a mesma duração que o ciclo lunar, aproximadamente 29 dias. A gestação também, dura 10 Luas (por isso nem sempre vemos 9 meses exatos entre a concepção e o nascimento).

Astrologicamente, A Lua é também a mãe, a família, nossas origens. Ela tem a ver com nossas emoções e instintos. Nossas reações emocionais, assim como nossos gostos, estão na Lua. Gostamos daquilo que nossa Lua gosta. Amamos de acordo com nossa Lua, assim como sabemos receber afeto também de acordo com ela, que indica, ainda, aquilo que nos dá segurança e conforto. Ela é a representante do feminino no nosso mapa e por isso é nela que vemos como lidamos com esse aspecto.

Mas vale lembrar que se astronomicamente ela não tem luz própria, astrologicamente também podemos pensar que a relação entre Sol e Lua é importante para que ambos possam se expressar. Ou seja, nosso Sol, que é a essência e também nosso lado masculino, precisa brilhar para que a Lua possa se expressar bem.

Além do Sol, é importante observar Vênus, também regente do feminino em nosso mapa astrológico. Se a relação entre Lua e Vênus não é harmônica, podemos encontrar mais dificuldade em lidar com o feminino, pois pode haver uma briga entre a mulher-mãe e a mulher-amante, entre aquilo que dá prazer e o que oferece conforto e segurança.

É bom ressaltar que tudo pode acontecer tanto no mapa de um homem como de uma mulher. Quando falamos de um mapa feminino, isso tudo permite compreender como é essa mulher com relação ao seu feminino. Já no mapa de um homem, podemos perceber como ele lida com as mulheres e o feminino em geral.

De qualquer forma, sempre há uma solução mesmo para os casos de tensão e sempre é possível desenvolver e viver bem esse lado feminino, que é também nosso lado que sabe amar, nutrir e acolher, e que precisa ser bem vivido para que tudo em nossa vida possa crescer.