Apesar de o Brasil não ser um habitat propício para os pinguins, alguns chegam por aqui e precisam de tratamento especial. No Dia Internacional do Pinguim, saiba como funciona o resgate desses animais que, sem querer, nadam até o nosso país tropical
Hoje o mundo todo comemora o Dia Internacional do Pinguim. Você sabe por que? Porque em abril começa a temporada em que esses animais saem em busca de alimentos e se aventuram pelo mar atrás de peixes, lulas ou pequenos crustáceos. A jornada pode ser muito longa e, ainda por cima, as correntes marítimas podem prolongar as suas viagens. E sabe por que elas influenciam? Porque algumas correntes frias, que saem da Antártica, chegam até aqui e desembocam, principalmente, no sul.
Por isso que algumas espécies que saem da Patagônia, na Argentina, ou do arquipélago Terra do Fogo - que apesar do nome é um lugar frio - acabam chegando ao litoral brasileiro. Ou você achava que os pinguins escolhiam o Brasil, com o nosso clima tropical, para passar umas férias?
O problema é que quando esses animaizinhos chegam nas nossas praias geralmente eles estão muito fracos, cansados e sentem frio. Isso mesmo! Quando chegam aqui eles precisam ser aquecidos. Parece maluco, né? Mas durante a longa viagem os pinguins perdem muita gordura, que é o que ajuda a manter o corpo aquecido. Por isso, nada de esfriá-los, hein? Tem gente que acha que eles devem ser acolhidos em lugares frios, mas isso só pioraria a situação. "Eles devem ser colocados em caixas de papelão, com cobertor e em ambientes quentes", explica a veterinária Paula Baldassim, do Instituto Argonauta, em Ubatuba, que tem um centro de reabilitação de pinguins.
Ela conta que alguns chegam no litoral do Brasil num estágio acima de magreza, de tão fracos que estão. Tadinhos! Nesses centros de recuperação de animais marinhos, os veterinários controlam o peso e a temperatura desses animais, dão remédios e fazem todos os exames necessários para certificar de que estão saudáveis e podem voltar para casa. "Os pinguins que não tem uma lesão forte, nem apresentam falhas em suas penas e sabem caçar alimentos são devolvidos ao mar", afirma Paula. Em 2008 o Instituto fez uma soltura de pinguins e contou com a ajuda de metereologistas do Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, para que os animais voltassem a correntes frias que desciam para o sul.
Viu como todo cuidado é pouco? Por isso, quem estiver pela praia e encontrar um pinguim deve colocá-lo em um lugar quente e, em seguida, ligar para órgãos locais que cuidam de animais, como a Polícia Ambiental, o ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ou os centros de reabilitação. E uma coisa é certa: além de calor, remédios e alimentos eles precisam do afeto dos humanos. Afinal, a viagem até aqui foi longa e os deixaram um pouco estressados. Imagine como deve ser nadar quilômetros atrás de comida!
FONTE: Planeta Sustentavel
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