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Evolução profissional da mulher: Ainda há um caminho pela frente

*Sandra Rosenfeld
 
 Neste mês de março, quero parabenizar a todas nós mulheres que, dia após dia, vamos conquistando cada vez mais espaço na vida profissional, pessoal e afetiva!!! Uma luta iniciada lá atrás, em 1857... 
 
Infelizmente, muitas mulheres no mundo ainda não têm seu espaço respeitado, sendo tratadas com descaso e tendo pouca ou nenhuma oportunidade de crescimento como pessoa. 
 
Pensar que até bem pouco tempo atrás as mulheres brasileiras e também em outras partes do mundo não podiam votar nem viajar ou trabalhar sem autorização formal dos maridos... E há menos tempo ainda tinham acesso restrito a determinados locais, só podendo entrar quando acompanhadas de um homem.
A mulher começou a inserir-se no ambiente de trabalho na Europa com a Primeira Guerra Mundial, quando os homens foram para a guerra e coube a ela tomar a frente dos negócios da família ou ocupar trabalhos realizados fora do contexto familiar, o que se intensificou com a Revolução Industrial, quando a mão de obra feminina se fez necessária nas fábricas. 
 
Sempre com salários muito inferiores ao do homem, o que, infelizmente, podemos ver ainda hoje, em pleno século XXI, e com uma carga de trabalho maior devido às tarefas domésticas que ficavam sempre a cargo delas, a mulher, mesmo com todas as dificuldades, foi ocupando espaços que antes não havia cogitação possível.  Hoje, em relação às tarefas do lar, vemos melhora e muitos homens já participam das obrigações domésticas. No entanto não podemos ainda falar em divisão, pelo menos aqui no Brasil, mas em participação que vem aumentando significativamente.
 
No Brasil, as mulheres começaram a inserir-se mais fortemente no mercado de trabalho a partir da década de setenta, quando se tornou necessária uma renda maior para que fosse mantido o mínimo de padrão em casa. E, com o crescimento tecnológico e aumento de maquinarias, abriu-se mais espaço para atuação da mulher.
 
Hoje, as mulheres ocupam cargos de chefia, gerências, direção de empresas e de nações com êxito. Porém nem todas conseguem ter ganhos compatíveis com o cargo que ocupam se comparados a de homens na mesma função.  
O crescimento profissional e a estabilidade financeira são vistos hoje, pela mulher, como algo fundamental para então constituir sua família, ou seja, casar e ter filhos. Se, há vinte anos, as mulheres casavam no máximo até os vinte e cinco, vinte e seis anos, hoje, elas se casam em torno dos trinta e, mesmo assim, porque sabem que não podem adiar por muito tempo a geração de outro ser, pois correm o risco de perder o timing biológico da maternidade. 
 
Ainda há um caminho a percorrer, pois, nessa corrida profissional, muitas vezes, nós mulheres, sentimos culpa por não acompanhar mais de perto os nossos filhos. No entanto, isso, em alguns países mais evoluídos, está sendo modificado por uma licença maternidade maior e também pela concessão da licença paternidade, além de menos horas de trabalho pela mulher sem redução da renda. Claro que estamos falando de países como a Dinamarca, por exemplo. Aqui, no Brasil, a licença maternidade, a meu ver, ainda é mínima, em média de quatro meses nas empresas privadas e seis nas públicas.  Muito, muito pouco.
 
Ainda temos um caminho pela frente e espero, sinceramente, que os dirigentes de empresas e de países compreendam a importância da presença da mulher junto ao filho bebê para o futuro das nações, sem, contudo, prejudicar os nossos rendimentos que são fundamentais para uma vida familiar próspera.
 
*Sandra Rosenfeld
Escritora e Palestrante. Terapeuta em Qualidade de Vida como Instrutora de Meditação, Executive e Personal Coach. Autora dos livros “Durma Bem e Acorde para a Vida” e "O que é Meditação", ed. Nova Era / Record. 

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