A indústria cosmética acaba de engajar-se em mais uma importante iniciativa que promete excelentes resultados estéticos e cuidados especiais com o meio ambiente: a utilização de óleos vegetais em substituição aos de origem mineral. Juntamente com princípios ativos extraídos de fontes naturais e renováveis, os óleos e manteigas vegetais caracterizam a nova tendência de cosméticos ecologicamente corretos.
De acordo com a diretora de treinamentos da Buona Vita Cosméticos, a técnica em estética Isabel Luiza Piatti, o óleo mineral pode causar danos à pele, como o tamponamento dos poros que desencadeia ações comedogênica e acneica. Também obstrui as glândulas de excreção da pele, favorecendo disfunções da camada ácida do tecido. Derivadas do petróleo, estas substâncias repelem a água e impedem a absorção de outros ativos de base hídrica.
“Em contrapartida, por sua semelhança estrutural ao manto hidro lipídico da pele, os óleos vegetais reagem melhor com o tecido e permitem que tanto a água, como outros princípios ativos existentes nos cosméticos aplicados sejam bem absorvidos”, explica Isabel.
Extraídos principalmente das sementes de plantas e frutas, os óleos vegetais aumentam a proteção da pele contra a perda excessiva de líquidos, permitem a respiração cutânea e assimilam a luz solar. Também auxiliam o restabelecimento de peles rachadas e ressecadas, normalizando e reforçando a estrutura do tecido. Ao contrário dos óleos minerais, os de origem vegetal causam menos reações citotóxicas e alérgicas. Finalmente, possuem outra característica também muito importante: são biodegradáveis, não poluem e nem agridem o meio ambiente.
Para a técnica, os cosméticos à base de óleos vegetais representam grande avanço da indústria estética. “Nosso principal objetivo, agora, é conscientizar o público – tanto clientes finais como também profissionais de estética – sobre a importância de eliminar, definitivamente, o uso de cosméticos com óleos minerais e parafina. O consumidor não apenas pode, mas deve exigir sempre o melhor”.
Óleos vegetais são mesmo biodegradáveis?
A resposta a esta pergunta é sim. Todos os óleos vegetais são biodegradáveis e podem levar até 28 dias para se decompor, sem agredir a natureza, conforme afirma o diretor técnico e industrial da Polytechno Indústrias Químicas, o engenheiro químico Joãosinho Angelo Di Domenico.
Mas então, por que o óleo de cozinha, por exemplo, não pode ser descartado no meio ambiente sem cuidados específicos? Segundo o engenheiro, o problema é o grande volume de óleo lançado diariamente nos ralos e tubulações. Durante o período necessário para o material se biodegradar, outros resíduos acabam se aglutinando ao óleo e prejudicando o meio ambiente. Quando chega aos rios ou mar, o óleo vegetal forma um filme na superfície e prejudica a oxigenação da água, comprometendo sua qualidade e a sobrevivência dos peixes e outros seres.
Os óleos presentes nos cosméticos, por sua vez, são lançados em quantidade muito pequena que não oferece riscos ao meio ambiente. “Quando aplicado na pele, grande parte do óleo é absorvida pelo tecido e processada pelas enzimas”, complementa Di Domenico.
É importante destacar, também, que algumas características distinguem os óleos vegetais entre si, de acordo com sua finalidade. E o engenheiro químico explica: “embora sejam quimicamente iguais, os processos de extração e refino dos óleos destinados aos cosméticos preservam elementos naturais da matéria-prima como vitaminas, fosfolipídios, antioxidantes, antiinflamatórios, entre outros”.
Tais substâncias favorecem a bioatividade da pele, hidratando o tecido, combatendo os radicais livres (causadores do envelhecimento cutâneo), ativando a regeneração celular e formando novas fibras de colágeno.
FONTE: Buona Vita Cosméticos
Obrigado! Seu comentário foi enviado
Oops! Algo de errado aconteceu ao enviar seu comentário :(