Mulheres e o desconforto da perda capilar
Foi-se a época em que os homens frequentavam os consultórios e clínicas médicas em busca de tratamento para a queda capilar, mais que as mulheres. Algumas importantes mudanças no estilo de vida das mulheres nas últimas décadas, fizeram com elas ficassem mais susceptíveis e expostas a esse quadro.
Hoje sabemos que fatores como alimentação inadequada, sono insuficiente, excesso de trabalho, estresses, poluição e imposições estéticas (estar sempre magra, com a pele linda e jovial), contribuem para a queda de cabelo e agravam as quedas geneticamente determinadas.
Por conta dos diversos diagnósticos que podem ser realizados frente às quedas de cabelo femininas, o que vem preocupando mais nos últimos tempos, além do número crescente de mulheres apresentando o problema, são as questões relacionadas ao impacto emocional da queda capilar na paciente.
Muitas são as queixas emocionais apresentadas nas consultas, normalmente elas mostram-se desconfortáveis, reclamam de perda de sua identidade feminina (uma vez que a calvície é algo comum para homens), se envergonham com o problema e relatam que não querem conversar sobre o assunto com amigos ou pessoas próximas. Tentam esconder o problema a qualquer custo, sentem-se inseguras e isoladas.
Em virtude disto, mais do que apenas tratar a causa e os sinais clínicos da queda capilar, é importante que o profissional fique atento ao estado emocional destas pacientes. E elabore estratégias que tragam conforto e tranquilidade, para que elas possam seguir seus tratamentos sem ansiedade e menos angustiadas frente ao problema.
É comum que algumas mulheres busquem os consultórios, às lágrimas por conta do receio de ficarem carecas e do desespero que o problema causa. Elas precisam entender que o processo de recuperação depende de uma boa estratégia diagnóstica e terapêutica, que precisa ser traçada e seguida com certa disciplina.
Como médico, sou obrigado a manter a tranquilidade e evitar gerar mais ansiedade na paciente para que o tratamento transcorra da melhor forma possível. E para que a evolução possa ser positiva e dentro dos limites daquilo que o problema determina e que o corpo permite.
Doenças mais difíceis de serem tratadas podem exigir mais tempo de tratamento e, eventualmente, uma recuperação não tão significativa dos cabelos. Em outros casos, um quadro mais simples nos permite uma evolução mais rápida e a recuperação total dos fios.
Mas uma coisa tem que ficar clara. Até para que possamos ter um diagnóstico rápido do problema e interceder mais rapidamente evitando todo o desconforto e impacto emocional, quanto antes o problema da queda capilar for identificado e tratado, melhor é.
A dica é, sempre que houver a suspeita da diminuição da quantidade e qualidade dos fios e queda capilar excessiva, a mulher deve procurar um médico, que possa definir um tratamento rápido para o problema, evitando casos mais graves e facilitando uma rápida recuperação.
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