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Intolerância ao glutén: Viva bem sem ele

O glúten é uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e malte de cereais. Esses alimentos, por serem fontes de glúten, comumente causam reações alérgicas em um grande número de indivíduos.

Mas além dos alérgicos existem pessoas que são hipersensíveis ou intolerantes ao glúten, elas não têm doença celíaca, nem respostas auto-imunes, mas o seu corpo tem dificuldade em quebrar o glúten e isso afeta a função normal do organismo, podendo causar desconfortos como distensão abdominal, prisão de ventre, artrite, prurido, dermatite, acne, enxaqueca, além de alterações de humor, ansiedade, depressão e síndrome do pânico. 

Pesquisas mostram que essa hipersensibilidade pode estar relacionada à grande quantidade e a freqüência com que ingerimos alimentos com glúten. Os pães, biscoitos, macarrão acabam sendo ingeridos diariamente e mais de uma vez ao dia. Sem contar alimentos como requeijão, iogurtes, chocolates que também tem glúten na composição.

Também pode ser agravada por altos níveis de cortisol, um hormônio liberado em maiores quantidades em situação de estresse. O estresse é um mal comum em quem mora nos grandes centros e está exposto ao transito a insegurança e as responsabilidades do dia a dia.

 A intolerância também pode ser desencadeada por uma microbiota intestinal desequilibrada. Temos bactérias em nosso intestino, e precisa haver um equilíbrio entre as boas bactérias e a bactérias ruins. Quando temos as bactérias ruins em maior número temos mais chance de desenvolver a sensibilidade ao glúten. Nesses casos além de dieta é sugerido o uso de suplementos de probióticos.

Daí a proposta de uma dieta sem glúten para pessoas que não são celíacas, para verificar se a exclusão do glúten da dieta proporciona melhoria nos sinais e sintomas apresentados. 

O glúten não é um nutriente essencial para a saúde e a sua retirada da dieta não causa prejuízos.

A restrição ao glúten deve ser feita por pelo período de duas semanas a 40 dias. Neste período não se deve ingerir qualquer alimento que contenha glúten em sua formulação. Após o período de exclusão, o glúten deve ser reintroduzido na dieta, em três refeições, num mesmo dia. Depois, volta-se a excluir o glúten da dieta e observa se nos quatro próximos dias os sintomas indesejados se manifestam novamente.


Se os sintomas voltarem ou se intensificarem fica identificado a sensibilidade e é recomendado persistir na dieta sem glúten.

 

E não é difícil seguir uma dieta sem glúten, a oferta de produtos é cada vez maior. Não só temos mais opções como os produtos são mais saborosos. É possível encontrar pães, torradas, cookies, bolos, pães de mel, brownies, barras de cereal, granolas além de macarrão, massa de lasanha, pizza e panqueca.


Esses produtos são feitos com arroz, polvilho, fécula de batata, milho, soja, quinua. Também está liberado a mandioca e o inhame.

A leitura do rótulo se faz necessária para identificar a ausência de glúten nos produtos.

É importante ainda manter bons hábitos: escolher lugares calmos para realizar as refeições; mastigar bem os alimentos; evitar a ingestão de líquido durante as refeições, pois pode prejudicar o processo de digestão; e diminuir o consumo de alimentos refinados e industrializados.
 

Dicas para substituir alimentos com glúten

 - No café da manhã troque o pão por tapioca, cuscuz de milho, mandioca. Existem pães sem glúten, torradas e biscoitos sem glúten.

- Nos lanches as frutas e iogurtes podem ser acompanhados de granolas sem glúten, barras de cereal sem gluten, frutas secas e cookies sem glúten.

- No almoço e jantar o macarrão pode ser feito de arroz, milho o u quinua.

 

Fonte: Alô nutricionista

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