Mestre Celin Du Batuk, idealizador do Grupo Cultural Batukenjé respira arte e musicalidade afro-brasileira. Durante workshops realizados na Finlândia, em 2006 decidiu criar o grupo focado nos ritmos afro-brasileiros.
Além dos workshops, shows de percussão, canto e dança, oficinas práticas de percussão afro brasileira e confecção de instrumentos de percussão, o Batukenjé, hoje sediado em Brasília, desenvolve um projeto social chamado “Sorrindo e batucando com o Batukenjé”, atendendo crianças de escolas públicas e comunidades no entorno de Brasília com aulas de percussão.
O Projeto está em constante expansão desenvolvendo oficinas que consistem em atividades teóricas, práticas e recreativas com base em três pontos diferentes de Brasília, atendendo hoje uma média de 130 crianças agregadas.
Eu entendo a arte, a música como uma das mais fortes ferramentas de ação social ou resgate social. Uma maneira de educar, abrir caminhos, despertar sonhos e, principalmente de mudar histórias. Em conversa com Mestre Celin, mais uma vez esses ideais se confirmaram. Como levar a música e a consciência ambiental para crianças carentes? Reciclando o lixo e transformando em instrumentos.
Assim Mestre Celin definiu seu trabalho em nossa conversa: “Reciclar! sempre gostei e, como estou trabalhando muito com crianças em comunidades bem carentes, as ensinamos a reciclar. trabalhamos orientando na divisão de lixos e, também no uso para confecção de instrumentos. não temos nenhum tipo de apoio. Estamos a procura de apoio para expandir esse trabalho.”
Como o som do Batukenjé precisava ecoar na periferia, Mestre Celin passou a reciclar bombonas plásticas e latões para que as crianças tivessem contato com a música, com a arte, com o som alegre e forte que motiva o grupo no objetivo de resgate através da cultura afro brasileira. Parte de seus instrumentos tem origem na reciclagem.
Além das crianças terem acesso ao instrumento (o que não teriam por condições sócio- econômicas) também é trabalhada a consciência ambiental através da reciclagem. Crianças sob a coordenação do Grupo Cultural Batukenjé colocam a mão na massa e transformam lixo em ritmo, música, arte!
Mestre Celin Du Batuk ganha o mundo com o som do Batukenjé. Inicia em maio o intercambio cultural na Europa, ministrando workshops na Finlândia e na Suécia. Vale a visita em sua página e conferir seu ritmo nos vídeos que lá estão.
Fonte: Lu Jordão para Coletivo Verde
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