Doença atinge 250 milhões de pessoas no mundo e mais de sete milhões no Brasil. Em 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial da Diabetes. Diferentes monumentos do país estarão iluminados para lembrar a data
Oitenta monumentos e edifícios do país – como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, e a Fonte da Torre de TV, em Brasília – estarão iluminados com a cor azul, neste domingo (14), para marcar o Dia Mundial e Nacional da Diabetes. A iniciativa – cujo slogan deste ano é “Controle o diabetes já!” – quer chamar a atenção dos brasileiros para a importância dos cuidados – como o controle da alimentação e a prática de atividades físicas – que podem ajudar a prevenir e controlar o diabetes mellitus (tipo 2) e a controlar a doença, responsável por mais de 90% dos casos da doença e único tipo de diabetes que pode ser evitada.
Idealizado em 1991, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), como resposta ao aumento dos casos da doença no mundo, a data é considerada a maior mobilização social sobre a diabete e faz parte do calendário oficial de saúde da ONU. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 5,8% da população a partir dos 18 anos tem diabetes tipo 2, o equivalente a 7,6 milhões de pessoas.
A cor azul foi escolhida como símbolo da atividade deste ano porque, segundo a OMS e a IDF, representa “o céu que une todas as nações e a comunidade internacional do diabetes”. No Brasil, as secretarias estaduais e municipais de saúde, a Sociedade Brasileira de Diabetes e associações de portadores da doença organizam atividades locais, campanhas educativas e outras ações de mobilização social para lembrar a data.
A coordenadora da área técnica de Diabetes e Hipertensão do Ministério da Saúde, Rosa Sampaio, explica que, apesar da diabetes não ter cura, é possível controlar e conviver com a doença, evitando complicações. “O pior momento é o do diagnóstico do diabetes, uma doença totalmente administrável. O mais importante é o autocuidado, que deve ser orientado pelos profissionais de saúde, o que, muitas vezes, é mais importante que o uso de medicamentos”, explica. O diagnóstico pode ser feito com o exame da glicemia, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“É uma doença na qual os níveis de açúcar no sangue estão mais altos que o normal, fator que se persistir pode levar ao infarto, derrame, doenças nos rins, danos aos nervos e perda de visão. O tipo 2 é a mais comum, e o controle não é tão difícil quanto muitas pessoas imaginam”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade - SBMFC, Dr. Gustavo Gusso.
Alimentação saudável e incentivo à prática de exercícios físicos desde a infância é fundamental. “Dar preferência para saladas, vegetais, cereais integrais, peixe, feijão e outras carnes. Deve-se evitar açúcar branco ou mel e substituir alimentos feitos com farinha de trigo pelos feitos com grãos integrais. Menos de 30% das calorias totais do seu dia devem vir das gorduras; menos de 10% devem vir das gorduras saturadas; carboidratos devem compor de 50 a 60% das calorias totais; e incluir, no mínimo, 20 gramas de fibras por dia. O atendimento de um médico de família e comunidade é fundamental para que possa acompanhar o paciente como um todo, para identificar desde o início a doença”, conclui Gusso.
Dr. Gustavo Gusso, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) explica quais são os tipos mais frequentes em cada faixa etária.
Tipo1 - DIABETES MELLITUS INSULINODEPENDENTE
Geralmente ocorre em crianças, jovens e adultos jovens e necessita de insulina para o seu controle.
Tipo 2 - DIABETES MELLITUS NÃO INSULINODEPENDENTE
É o tipo mais frequente de diabetes, aparece geralmente após os 40 anos de idade.
DIABETES GESTACIONAL
É o tipo que aparece na gravidez, sobretudo se a mulher: tem mais de 30 anos, tem parentes próximos com diabetes, já teve filhos pesando mais de 4 Kg ao nascer, já teve abortos ou natimortos, é obesa ou aumentou muito de peso durante a gestação.
Como se manifesta
Sobretudo no diabetes tipo I e no tipo II descontrolado: Tem muita fome (Polifagia).
No diabetes tipo I ou tipo II descontrolado: perda de peso.
No diabetes tipo II: ganha peso, urina muito (Poliúria), urina doce, desânimo, fraqueza, cansaço físico.
Estes sintomas são os mais frequentes e eles não aparecem isolados. No diabetes tipo I eles surgem de maneira rápida e no diabetes tipo II eles podem estar ausentes ou aparecem de forma lenta e gradual: * Tem muita sede (Polidipsia).
Fonte: Ministério da Saúde e Dr. Gustavo Gusso, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC)
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